ADEUS, INVERNO

Primavera começa hoje com expectativa de mais chuvas

É esperado que o fenômeno La Niña aumente a ocorrência de precipitações pluviométricas no Sudeste

Da Redação
22/09/2024 às 09:50.
Atualizado em 22/09/2024 às 12:38
Segundo previsões da meteorologia, a conhecida estação das flores sofrerá influência do fenômeno climático La Niña, que deverá provocar mais chuvas no Sudeste (Denny Cesare)

Segundo previsões da meteorologia, a conhecida estação das flores sofrerá influência do fenômeno climático La Niña, que deverá provocar mais chuvas no Sudeste (Denny Cesare)

Começa oficialmente hoje, às 9h44, a primavera. Neste ano, a estação terá dias mais longos, com mais sol e chuvas. De acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, a primavera, diferentemente de 2023, estará sob a influência do La Niña. Os efeitos do fenômeno serão notados de maneira mais evidente em novembro e dezembro, aumentando a condição para a ocorrência de chuvas em áreas do Sudeste.

O La Niña é um fenômeno climático que se caracteriza pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial e pode ter impactos significativos no clima global, alterando os padrões de precipitação e temperatura. No Brasil, pode trazer mais chuvas para a região Sul e eleva o potencial de secas no Nordeste. O La Niña ocorre de tempos em tempos, com intervalos que variam entre dois e sete anos.

A previsão meteorológica para a primavera é de elevação da umidade do ar em praticamente todo o país, com exceção do Nordeste, segundo a empresa de meteorologia Climatempo. Trata-se de uma estação de transição do período seco, que é o inverno, para o período úmido, o verão. Para a maioria dos Estados brasileiros, a primavera significa dias de calor e aumento gradual da frequência de eventos de chuva.

Em Campinas, a primavera foi antecedida pela Feira das Orquídeas, realizada desde ontem na Feira Hippie no Centro de Convivência Cultural (CCC). O evento continua hoje, das 9h às 14h, na Praça Imprensa Fluminense, no bairro Cambuí. No local, o campineiro encontrará, além de mais ou menos 250 expositores de artesanatos, artes, antiguidades, esotéricos e área de alimentação, a presença de quatro orquidários renomados para exposição e vendas de flores, dois expositores de suculenta e cactos e um de materiais de cultivo, com mais de 6 mil unidades de orquídeas disponíveis.

VIVEIROS

A estação mais colorida e florida também movimenta o Viveiro Municipal Otávio Tisseli Filho, que fica no Parque Xangrilá. As mudas de flores que são cultivadas no local já estão ganhando os jardins de ruas e avenidas de Campinas. Desde o início da semana passada, mais de 16 mil mudas de flores e plantas ornamentais foram distribuídas. 

De acordo com o coordenador do Viveiro Municipal, Cleber Domene, foram mais de 6,1 mil petúnias em canteiros na Avenida Orosimbo Maia, 5,3 mil mudas de vinca para as floreiras do Largo do Rosário e outras quatro mil para a Avenida Campos Sales, 150 mudas de alamanda-amarela para canteiros na Avenida John Boyd Dunlop, corredor do BRT, e 100 mudas de tumbérgia na Avenida das Amoreiras, também corredor do BRT.

Para esta semana, com o início da primavera, já estão previstas mais 15 mil mudas de flores. As espécies sálvias, tagetes e petúnias estarão pelos jardins de Campinas. O Viveiro disponibiliza cerca de 80 mil exemplares de flores e plantas ornamentais, mensalmente, para colorir e embelezar a cidade. A gestão do Viveiro Municipal é do Departamento de Parques e Jardins, da Secretaria de Serviços Públicos.

PLANTAS ORNAMENTAIS

Algumas das espécies ornamentais do Viveiro que possuem flores são a primavera, jasmim-manga, lírioamarelo, lantana, dorinha, murta-de-cheiro, moreia, alamanda-amarela, entre outras. Espécies ornamentais sem flores são as dracenas verdes, amarelas e tricolor, barba-de-serpente, cruzia, agaves-americana, verde e azul, entre outras.

No Viveiro também há cultivo de palmeiras, que levam mais tempo de crescimento. Quando estão com tamanhos entre dois e três metros elas ganham as ruas da cidade. Algumas das palmeiras do Viveiro são as imponentes imperiais, a jerivá, triangular, areca-bambu, washingtônia, entre outras.

O Viveiro Municipal funciona desde junho de 2013 no Parque Xangrilá. É dividido em duas partes: uma para cultivo de mudas de árvores e outra de flores e plantas ornamentais. No setor de flores, além de funcionários da Prefeitura, atuam 30 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campinas (Apae), que aprendem e lidam com todo o processo até que as plantas sejam destinadas às áreas verdes públicas.

No setor de árvores, trabalham reeducandos, detentos do regime semiaberto, por meio de convênio com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. Para o cultivo de mudas de árvores no Viveiro é utilizado o adubo orgânico produzido na Usina Verde de Compostagem, que fica dentro da Fazenda Santa Elisa, também de gestão da Secretaria de Serviços Públicos.

MAIS DETALHES SOBRE A PRIMAVERA

Uma característica básica da primavera é o aumento do calor. O Hemisfério Sul tem naturalmente um aquecimento maior porque ocorre um aumento da insolação. Isso quer dizer que o número de horas de sol para aquecer o ar vai aumentando cada vez mais até o fim da estação. Assim, o predomínio de dias quentes é normal durante a primavera. Recordes de calor, temperaturas extremas também são comuns nesta estação e grande parte do Brasil.

Na região de Campinas e de São Carlos, a chuva de outubro deve ficar dentro da média para o mês e temperatura deve ficar um pouco acima da média em todo o estado de São Paulo.

Em novembro, as pancadas de chuva serão mais frequentes do que em outubro. O volume de chuva na maioria das regiões do Estado de São Paulo deve ficar dentro da média para o mês, incluindo a Grande São Paulo, o litoral, a região de São Carlos, de Campinas e de Sorocaba.

Para o mês de dezembro a previsão é de que todo o Estado tenha um pouco mais de chuva do que a média. Isso significa que será um mês com chuva mais frequente, já com a contribuição de organização de corredores de umidade e até a possibilidade de um evento de Zona de Convergência do Atlântico Sul.

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