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Prefeitura de Campinas vai recuperar cinco pontes afetadas por chuvas

Investimento previsto para as obras gira em torno de R$ 13,5 milhões

Ronnie Romanini/ ronnie.filho@rac.com.br
24/05/2023 às 09:06.
Atualizado em 24/05/2023 às 09:06
Ponte da Chácara Belvedere, em Barão Geraldo, será reconstruída (Kamá Ribeiro)

Ponte da Chácara Belvedere, em Barão Geraldo, será reconstruída (Kamá Ribeiro)

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), anunciou na terça-feira (23) à tarde que cinco pontes danificadas pelas chuvas e enchentes de janeiro serão recuperadas até o final deste ano com obras sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura. No caso das pontes na Rua Bortolo Martins e Rua Herbert de Souza o tempo estimado para a conclusão dos trabalhos é de quatro meses. Na Chácara Belvedere, as obras em execução serão finalizadas entre o final de outubro e novembro. Na Rua Ferdinando Turquetti e na Estrada Municipal CAM-268, divisa entre Campinas e Monte Mor, a recuperação das pontes acontecerá dentro de seis meses.

O valor do investimento previsto para as obras de recuperação gira em torno de R$ 13,5 milhões, menos da metade do que foi estimado inicialmente, aproximadamente R$ 40 milhões. De acordo com Dário Saadi, isso foi possível porque a Prefeitura ampliou o número de orçamentos realizados para as obras. Além do mínimo necessário, três orçamentos, ele explicou que foram feitos no mínimo oito em algumas obras. "Isso fez com que os preços caíssem pelo aumento da concorrência, então mesmo que a lei exija somente três, nós chegamos a quase dez. Esse foi um fator fundamental." 

Dário frisou que a contratação das empresas responsáveis se deu em caráter emergencial, com base no decreto de situação de emergência de janeiro, e que as obras já estão em execução. "Não estamos fazendo aqui a ordem de serviço. Estamos anunciando as obras, que já estão em andamento. Foi uma ação rápida da Prefeitura. Os canteiros de obras estão montados e os prazos vão de quatro a seis meses. A cidade logo vai se recuperar totalmente dessa questão das pontes." 

VALORES E SOLUÇÕES

A obra mais cara, responsável por mais de um terço do investimento total, R$ 5 milhões, será a da ponte CAM-268, na divisa entre Campinas e Monte Mor. Nela, as propostas para solucionar os danos causados pelas chuvas são de limpeza, recomposição da cabeceira da margem esquerda, execução de gabião caixa em torno das fundações da cabeceira e recuperação das estacas rompidas.

Na sequência, com investimento direcionado de R$ 3,1 milhões, está a outra obra com prazo de seis meses para a conclusão, a da Rua Ferdinando Turquetti, no Jardim das Bandeiras. Será construída uma nova ponte no local, além dos serviços de limpeza e de recuperação de trechos das margens. Há três meses, uma ponte de campanha de propriedade do Exército brasileiro foi instalada provisoriamente no local, uma solução emergencial para a população até a construção definitiva de uma nova.

As outras três pontes que passarão por uma reconstrução têm valores semelhantes. A da Chácara Belvedere, em Barão Geraldo, passará por limpeza, recomposição das margens do rio e da cabeceira, contenção do solo das cabeceiras e recuperação dos guarda-corpos, o que deve custar R$ 1,9 milhão.

Na Rua Herbert de Souza, no Jardim Santa Cruz, o custo de R$ 1,8 milhão, envolve realização de limpeza, recuperação dos guarda-corpos e recomposição das margens do rio. Por fim, na Rua Bortolo Martins, no Guará, também em Barão Geraldo, estão previstas ações de limpeza, proteção lateral das cabeceiras com gabião, estabilização das margens, recuperação de patologias existentes na mesoestrutura e recuperação dos guarda-corpos. O investimento para esta obra será de R$ 1,6 milhão.

Inicialmente, outra ação de reconstrução de ponte estava nos planos da Prefeitura, no caso, a da Rua Marco Grigol, que liga a Estrada da Rhodia ao Condomínio Belvedere, em Barão Geraldo. O prefeito de Campinas explicou que um convênio havia sido firmado com o governo estadual, porém um estudo técnico definiu que o modo de construção desta ponte deveria ser diferente ao das demais.

"(A ponte da) Marco Grigol será reconstruída através de grandes aduelas, que são anéis imensos de concreto armado, e isso a Prefeitura tem em estoque. Logo, logo, nós daremos o cronograma de obras. Vamos fazer com a mão de obra e material próprio porque a Prefeitura tem essa capacidade. O que mudou foi que o estudo feito não indicou a construção de uma ponte tradicional."

Dário completou que o modelo de construção está definido, mas que antes será feito outro estudo para averiguar a necessidade de uma represa no local.

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