mercado imobiliário

Preço do aluguel teve recuperação em 2018

Após três anos de queda consecutiva, o valor do aluguel residencial em Campinas registrou recuperação em 2018

Daniel de Camargo
daniel.camargo@rac.com.br
23/01/2019 às 07:37.
Atualizado em 05/04/2022 às 11:12

Após três anos de queda consecutiva, o valor do aluguel residencial em Campinas registrou recuperação em 2018. O preço médio da locação no município encerrou o ano passado com alta de 3,62%, segundo pesquisa mensal do Índice FipeZap. De acordo com a entidade, no mês de dezembro, o valor estava em de R$ 21,31 o metro quadrado. Nos três anos anteriores - 2015, 2016 e 2017 - esse valor ficou, respectivamente, em R$ 20,61, R$ 20,92 e R$ 22,39 o metro quadrado. Assim, mesmo com a alta registrada no ano passo, o valor de locação do metro quadrado na cidade ainda ficou 30% menor do que em 2015. Por outro lado, o percentual registrado em Campinas foi maior do que a média nacional, cuja alta ficou em 2,3%, numa média de R$ 28,57 o metro quadrado, considerando 14 cidades (Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Santos, São Bernardo do Campo, Salvador, São Paulo e Distrito Federal). Segundo a Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), a crise econômica dos últimos anos fez os preços recuarem devido ao excesso de imóveis fechados e ao menor número de pessoas interessadas em alugar. Rentabilidade A pesquisa também apontou a rentabilidade do aluguel no acumulado do ano passado. De acordo com o levantamento, os donos de imóveis residenciais em Campinas obtiveram um retorno de 4,6% - resultado bem maior que o rendimento da caderneta de poupança, por exemplo, que rendeu 0,8% no período. O índice de retorno local também superou levemente a média nacional, que ficou em 4,4% no acumulado de 12 meses. Para Douglas Vargas, vice-presidente do setor de comercialização da Habicamp, o aumento registrado no ano passado mostra que houve alguma recuperação das locações de imóveis residenciais. “O resultado não foi excepcinal, mas sinaliza uma retomada gradual dos valores”, afirmou. Segundo ele, a alta no preço médio se concentrou no último trimestre, após a definição de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República. Até então, explicou, o mercado estava estagnado por causa de fatores como a indefinição política, a Copa do Mundo e a falta de perspectiva dos brasileiros com relação à recuperação da economia. “Uma vez definido o quadro político e com a retomada dos negócios, as pessoas começaram a se sentir mais confiantes e voltaram a alugar imóveis. Essa tendência deve ser mantida nos próximos dois anos, se não tivermos mudanças bruscas de rumo, e com isso os preços devem subir dentro da lei da oferta e demanda, embora ainda tenhamos uma boa gordura para recuperar os valores de antes”, disse Vargas. Ele lembrou que, em 2016, um apartamento de 70 m² no Jardim Flamboyant era locado por cerca de R$ 1,5 mil mensais. Hoje, esse mesmo imóvel vale um aluguel.

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