A Polícia Civil apreendeu dois helicópteros avaliados em R$ 13 milhões, usados para tráfico internacional de drogas e transporte de dinheiro
(Divulgação)
A Polícia Civil apreendeu dois helicópteros avaliados em R$ 13 milhões, usados para tráfico internacional de drogas e transporte de dinheiro. As aeronaves foram apreendidas em Piracicaba e Carapicuíba. Um piloto foi detido e com ele foi apreendido R$ 5 mil. O homem foi liberado após prestar depoimentos, mas vai responder por associação criminosa. A ação foi conjunta da Unidade de Inteligência Policial (UIP), da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Piracicaba (Deic) e da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Americana (Dise), com o apoio do Serviço Aerotático (SAT), com o uso do Pelicano.As investigações tiveram início em dezembro de 2019, mas ganhou força em março deste ano após os policiais observarem o pouso de duas aeronaves no Aeroporto Municipal de Americana. Neste período, os policiais civis fizeram o monitoramento de planos de voo e verificaram que as aeronaves se deslocavam até o Paraguai, próximo a cidade Pedro Juan Caballero, onde abasteciam com drogas e retornavam para o Estado de São Paulo. Na última segunda-feira, com o uso do helicóptero Pelicano, os policiais conseguiram avistar as duas aeronaves. Foi feito o acompanhamento e uma delas, de modelo Robinson 66, avaliada em R$ 3 milhões, foi interceptada no aeroporto de Piracicaba, quando retornava de um voo de Mato Grosso do Sul, na fronteira do Brasil e Paraguai. Com ela, também foi avistada outra aeronave em voo de baixa altura, operando na região do aeroporto, sem autorização para voo. “Uma carregava a droga e a outra guiando”, disse o delegado Luis Carlos Gazarini. De acordo com os policiais, foi feito um breve acompanhamento da aeronave, de modelo Esquilo AS350B, avaliada em R$ 10 milhões. Pouco tempo depois ela foi localizada em um hangar particular na cidade de Carapicuíba, por uma equipe do Serviço Aerotático da Polícia Civil Paulista. No Robinson 66, a Polícia Científica localizou fragmentos de cocaína no banco. O piloto, que não tem Brevê, alegou que foi contratado por R$ 10 mil, para buscar uma caixa de dinheiro em Mato Grosso do Sul e levá-la até uma região próxima a Garça, no Estado de São Paulo. Com ele foram apreendidos R$ 5 mil, que era parte do valor pago pelo serviço. De acordo com os policiais, momentos antes, a aeronave havia realizado um pouso em uma fazenda. O helicóptero foi encaminhado para o Aeroporto Municipal de Americana. Já o Esquilo AS350B, também foi feita perícia e a polícia aguarda laudo pericial para constatação de presença de entorpecentes na aeronave. Dentro dela foi encontrada uma caixa do serviço dos correios constando como destinatário o piloto do Robinson 66 e o nome de outro homem no remetente. O objeto acompanhava o comprovante de recebimento e carregadores de telefone via satélite.Esta segunda aeronave permaneceu no hangar da Polícia Civil no Campo de Marte, na zona norte da Capital.As aeronaves foram apreendidas pela Polícia Civil e foi instaurado inquérito policial na Dise de Americana para a apuração dos fatos. A suspeita é que os criminosos faziam o transporte ao menos uma vez por semana. Os policiais já identificaram ao menos seis pessoas envolvidas no transporte ilegal. O piloto que pousou em Carapicuíba, apesar de não ter sido detido, ele foi identificado e, segundo Gazarini, ele fazia o cadastro do voo em seu nome, para que o detido ou outras pessoas fizessem o transporte.