Mortes na RMC aumentam 54,92% (Cedoc/RAC)
O número de mortes causadas pela Covid-19 cresceu 54,92% na Região Metropolitana de Campinas (RMC) no período de 3 a 9 de janeiro deste ano, em relação à semana anterior, segundo o primeiro Informativo Convid-19 de 2021 do Observatório PUC-Campinas. No mesmo período, o total de casos da doença cresceu 57,73%.
A mesma tendência ocorre na cidade de Campinas e nos municípios que fazem parte do Departamento Regional de Saúde (DRS-Campinas). A região é a segunda do Estado de São Paulo com maior número de casos e mortes, só perdendo para a Grande São Paulo.
A variação do DRS-Campinas em termos de novos casos foi de 8,25 mil casos (+59,81%); RMC 5,7 mil casos (+57.73%) e Campinas 2.094 casos (+46,74%%). Em relação à semana passada, as novas mortes tiveram alta no DRS-Campinas, 137 óbitos (+29,24%); na RMC, 110 (+54,92%) e Campinas com 38 mortes (+22,58%).
De acordo com o Observatório PUC-Campinas, Santa Bárbara d'Oeste e Campinas continuam entre os municípios com maior índice de mortes do DRS Campinas, com 125 e 128 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente. Eles estão, inclusive, no grupo dos 25% com maiores taxas de mortalidade no estado de São Paulo.
Até 09/01, foram notificados 165 mil casos e 4,3 mil mortes na DRS de Campinas - letalidade de 2,64%. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) foram 121,6 mil casos e 3,3 mil óbitos, até o momento - letalidade de 2,72%. Campinas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, registra até agora 1.529 mortos e 54.062 casos da doença.
“O aumento de internações observado nesta semana provavelmente começa a refletir as exposições ocorridas nesse período de Natal também, pois se encaixa justamente nessa faixa de tempo de duas semanas. Ou seja, os reflexos das exposições ocorridas no período da virada de ano provavelmente ainda não estão representados nestes últimos dados. Fato extremamente preocupante, já que as pressões sobre o sistema de saúde são grandes”, disse o infectologista André Giglio Bueno, integrante do grupo de pesquisa do Observatório.
Para o coordenador do estudo, o economista Paulo Ricardo Oliveira, no setor produtivo a situação também é muito preocupante. “Do ponto de vista econômico e social, não só os efeitos da primeira onda ainda estão presentes no contexto econômico e social, como vivemos, também, um recrudescimento dos casos que pode demandar maior atenção ao distanciamento físico como prevenção. Seguimos afirmando que sem medidas de proteção da renda e do emprego e diante do cenário econômico e social atual, os efeitos da pandemia serão devastadores para economia brasileira, e consequentemente para economia regional nos próximos meses”, afirma.
Mais 13 vítimas fatais do coronavírus em apenas 24 horas
Campinas registrou ontem mais 13 mortes e 774 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, segundo boletim divulgado pela secretaria de Saúde. Com isso, a cidade chega a 1.529 mortos e supera a marca de 54 mil contaminados pelo vírus desde o início da pandemia, em março passado. De acordo com o boletim, a cidade tem hoje 54.062 pessoas que contraíram a doença. Outros dois óbitos - além de 599 casos suspeitos - estão sendo investigados pelos técnicos de saúde.
Campinas conta hoje com 230 pessoas internadas com Covid – 14 a mais em relação ao boletim anterior, divulgado na segunda-feira. Conta, ainda, com 628 pacientes que estão sendo mantidos em isolamento domiciliar – 213 pacientes a mais na comparação com o informe anterior. Campinas conta ainda, com 52.021 – o equivalente a 724 pessoas a mais que na segunda-feira.
Das vítimas fatais – quatro mulheres e nove homens – quatro não tinham comorbidades, que são doenças pré-existentes e dois tinham menos de 40 anos. Um homem de 36 anos, que morreu no dia 30 de dezembro, cujo resultado só foi registrado agora. Ele morreu em um hospital publico. A outra vítima era um homem de 37 anos, que morreu ontem (11) em um hospital particular.
Leitos
Campinas contava ontem com 231 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 198 estavam ocupados, o que corresponde a 85,71%. Nas duas, portanto, havia 33 leitos livres.
A rede SUS Estadual – HC da Unicamp – se manteve com lotação máxima. Todos os 17 leitos disponíveis estavam ocupados. No SUS Municipal a situação era um pouco menor, mas ainda assim, a pressão era grande. Dos 74 leitos disponíveis, 65 estavam ocupados, o que equivale a uma taxa de ocupação de 87,8%.
Na particular havia ontem 140 leitos para Covid, dos quais 116 estavam ocupados – um índice que equivale a 82,8. (AAN)