HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS

Missas em Campinas e Vinhedo marcam sétimo dia da queda do avião da Voepass

Celebrações foram marcadas por muita emoção por parte dos fiéis; Anac promete intensificar a vigilância sobre o serviço prestado pela companhia aérea

Da Redação
17/08/2024 às 11:23.
Atualizado em 17/08/2024 às 13:50
Missa de sétimo dia celebrada na Catedral Metropolitana de Campinas em memória dos 62 mortos no acidente aéreo em Vinhedo: causas da queda da aeronave ainda são desconhecidas (Alessandro Torres)

Missa de sétimo dia celebrada na Catedral Metropolitana de Campinas em memória dos 62 mortos no acidente aéreo em Vinhedo: causas da queda da aeronave ainda são desconhecidas (Alessandro Torres)

O acidente com o avião da Voepass completou ontem sete dias. Duas missas, uma em Campinas e outra em Vinhedo, palco da tragédia aérea, homenagearam as 62 vítimas fatais, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. Nas imediações do condomínio residencial onde a aeronave caiu também houve manifestação de pesar por parte de várias pessoas. Algumas levaram flores para compor uma espécie de memorial criado no local.

A primeira missa de sétimo dia em memória das vítimas do acidente aéreo ocorreu no início da tarde na Catedral Metropolitana de Campinas. A igreja ficou lotada de fiéis, que demonstraram emoção em razão da perda de tantas vidas. À noite, a celebração foi realizada na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Vinhedo, presidida pelo arcebispo metropolitano Dom João Inácio Muller.

Decorrida uma semana da tragédia, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu início a uma operação assistida para intensificar a vigilância do serviço prestado pela companhia aérea. O objetivo, segundo a agência reguladora, é "evitar anormalidades na operação" e "manter a prestação do serviço da Voepass em condições adequadas".

A decisão foi anunciada em reunião ocorrida ontem com a Voepass (antiga Passaredo). A Anac não deu detalhes sobre como será feito esse monitoramento intensificado ou qual a diferença para o acompanhamento que a agência já realizava.

"O gerenciamento da segurança na aviação civil é uma atividade contínua, realizada de forma constante pelos órgãos que compõem o sistema de aviação brasileiro. Por sua vez, os operadores aéreos, entre eles a Voepass, têm de enviar constantemente dados de desempenho de sua frota à Anac, o que inclui eventuais interrupções mecânicas, indisponibilidades de aeronave ou dificuldades em serviço", diz a Anac em nota.

"No atual contexto pós-acidente aéreo, e considerando aspectos de fatores humanos, a agência entende ser importante a intensificação da vigilância continuada e do monitoramento do serviço prestado pela empresa, estabelecendo parâmetros para evitar anormalidades na operação", completa.

Ainda não se sabe a causa do acidente, que será esclarecida após as apurações oficiais do Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por investigar acidentes com aeronaves. Especialistas suspeitam que possa ter ocorrido uma formação de gelo nas asas do avião, o que poderia ter feito a aeronave perder sustentação e cair.

O modelo ATR-72 tem maior propensão à formação de gelo, devido à altitude em que voa. No dia do desastre, o sistema oficial da Rede de Meteorologia da Aeronáutica (Redemet) havia alertado sobre a possibilidade de formação de gelo severa.

O alerta não impede o avião de decolar, pois as aeronaves têm um sistema que impede a formação de gelo. As investigações devem mostrar se o sistema do avião em questão estava funcionando como deveria.

Além disso, as condições meteorológicas da última sexta-feira eram atípicas em razão de muita umidade e da frente fria. Uma análise do meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mostra que, no dia, o voo enfrentou uma zona meteorológica crítica por nove minutos, em que a aeronave reduziu a velocidade e atravessou nuvens supercongeladas de até 40 graus negativos.

A Anac orienta ainda os passageiros que, em caso de atrasos, cancelamentos e interrupção do serviço de transporte aéreo, as empresas devem manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos voos atrasados e deve oferecer assistência material gratuitamente, conforme o tempo de espera no aeroporto, contado a partir do momento em que houve o atraso, o cancelamento ou a interrupção.

*Com trechos do Estadão Conteúdo.

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