Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) e da Polícia Militar (PM) realizam uma megaoperação contra facção criminosa na região de Campinas. A operação foi deflagrada esta madrugada (22) pelo Ministério Público (MP), na maior ofensiva contra a organização criminosa desde que começou a onde de ataques contra Policiais Militares de todo o Estado de São Paulo.
Vinte pessoas foram presas nesta segunda-feira (22), sete nos últimos dois dias e dois homens estão foragidos.
A ação do Gaeco e da PM chegou a três suspeitos presos na Vila Vitória, região do Vida Nova, área Oeste de Campinas. Em duas casas foram detidas três pessoas (dois homens e uma mulher). Foram apreendidos armamentos e drogas em residência da Rua Laura Bierrenbach. As pessoas flagradas nesta casa, segundo a PM, foram Nilson Gonzales, de 63 anos, e Eliane Aparecida Rodrigues, de 28 anos.
Os integrantes da operação apreenderam um fuzil, uma espingarda calibre 12, três coletes balísticos (dois roubados de uma empresa de segurança), três granadas e centenas de munições - 100 de calibre 5.56 (uso em fuzil), 93 para pistola semiautomática Ponto 40, 30 para pistola 9 milímetros e outras nove para pistola 45, além de 25 cartuchos para espingarda 12.
Na mesma casa os policiais militares encontraram 65 tabletes de maconha e porções de cocaína. As drogas estavam escondidas em um fundo falso da parede de um dos cômodos. Segundo os integrantes da força-tarefa, o local era usado como laboratório de refino de entorpecentes e também como paiol (local onde se guardam armas e munições). Já na casa vizinha, foi preso Alexandre Gomes da Silva, conhecido por "Neguinho". Com ele os PMs acharam um revólver calibre 38.
Ainda em Campinas, os policiais e membros do Gaeco cumpriram ações em loja de artigos esportivos do Centro (Avenida Francisco Glicério) e em casa no condomínio Alphaville. Um homem, conhecido por "Carioca" - com diversas passagens criminais por tráfico de drogas - foi detido em uma loja que comercializa material esportivo da Ponte Preta. Já em Alphaville, o alvo foi um empresário, que escapou. Ele é dono de lanchonete em Campinas.
Tensão
Após 4h30 de muito nervosismo, um homem, apontado em apurações do Gaeco como "armeiro" (pessoa encarregada das armas) de facção criminosa, entregou-se, após cerco efetuado pela PM. Ele manteve familiares reféns (mulher e filha pequena). O homem ameaçava, inclusive, explodir a casa. Após a rendição, policiais iniciaram uma "varredura" no local à procura de armas e drogas. Pelas primeiras informações, as reféns não sofreram violência física.
Com informações da repórter Patrícia Azevedo/AAN