Um grupo de mães de alunos da Escola Estadual Neli Helena Assis de Andrade, na Vila Georgina, em frente ao Shopping Prado, acusa uma professora de agressão verbal e física contra as crianças. Ela teria surtado durante uma atividade na semana passada.Elas também acusam a direção da escola de omissão. Dez mães estiveram na escola ontem para reclamar da situação. De acordo com as mulheres, na última sexta-feira (31), uma professora de Artes, que estaria trabalhando na escola há cerca de um mês, teria surtado porque as crianças não sabiam fazer bandeirinhas de festa junina. Ela teria xingado, beslicado, arranhado, e ameaçado as crianças com um tesoura. O caso teria acontecido com uma turma da terceira série, que é frequentada por crianças entre 8 e 9 anos. A autônoma Regina Zanirato, foi buscar a filha de 9 anos na sexta-feira, por volta das 17h30, e disse que as crianças estavam chorando no pátio. Só quando chegou em casa que a menina revelou o que tinha acontecido. "Eu achei que era briga de coleguinha. Aí ela disse: "Mamãe a professora de artes queria matar a gente. Nós erramos a bandeirinha. Ela amassou tudo e falou que a gente é retardado, deficiente e que a gente não sabe fazer nada direito" , disse a menina à mãe. A professora teria ficado ainda mais irritada quando um dos alunos respondeu aos xingamentos. "Um dos meninos teria respondido, enfrentado ela, e ela apontou a tesoura para o menino. Arranhou uma outra criança e beliscou outra", conta Regiane. Ainda segundo as mães, as crianças teriam ficado tão assustadas que fizeram uma espécie de barricada com carteiras escolares para tentar impedir que a professora voltasse para a sala de aula. Segundo uma mãe que não quis se identificar, algumas crianças estão com medo de voltar à escola, por conta disso, faltaram na segunda e na terça-feira. Elas ficaram muito irritadas por não terem sido informadas pela direção sobre o acontecimento. "Ninguém falou nada quando cheguei para pegar minha filha. Ela não veio nem ontem (segunda-feira) e nem hoje (ontem) por causa do medo. As crianças que vieram ontem, não querem mais falar sobre o assunto", diz outra mãe que também preferiu anonimato. A autônoma Cássia Soares, que tem um filho de 9 anos na mesma sala, reclama da falta de ação da direção. "Acho um absurdo a diretora não ter resolvido esse caso ainda. Acho que na sexta-feira ela já devia ter entrado em contato e ter falado alguma coisa pra gente. Ontem (segunda), falamos com ela e ela ficou de resolver. Até agora não temos uma posição. Ela não falou nada. Disse que ia apurar", aponta. Ainda segundo o grupo, a escola tem câmeras no corredor e nas salas de aula, mas o acesso às imagens estaria sendo impedido pela direção. Umas das mães afirma que registrou Boletim de Ocorrência (bo) na Polícia Civil, por conta da situação. Segundo a assessoria de imprensa da Educação do Estado de São Paulo, o caso está sendo investigado. "A Diretoria Regional de Ensino Campinas Oeste informa que enviou uma supervisora à unidade e abriu apuração sobre o caso. A direção se reuniu com os pais dos alunos e o Conselho Escolar irá se reunir para decidir as medidas adotadas. A Diretoria de Ensino (DE) está à disposição dos pais e responsáveis pelos alunos para quaisquer esclarecimentos", informa em nota.