Parque foi inaugurado em março e conta com placas sobre o carrapato (Divulgação)
A Prefeitura de Louveira decidiu interditar por 15 dias o Parque Luigi Martini após uma suspeita de febre maculosa em uma criança que está internada na Santa Casa. Ela frequentou recentemente o Parque, que tem a presença de capivaras, um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela, que se estiver contaminado, transmite a doença. De acordo com a Prefeitura, a criança está estável e a Vigilância em Saúde vai promover uma avaliação em todo o espaço no período de interdição.
O Parque foi inaugurado este ano, em março, e desde a sua abertura conta com placas informando os riscos do carrapato-estrela. O município contabiliza outras cinco suspeitas de febre maculosa, porém a criança é a única cujo provável local de contaminação foi o Parque, mesmo que a doença ainda não esteja confirmada. A assessoria de imprensa informou que os demais casos suspeitos são de outras situações e até outras cidades, mas nenhuma das pessoas esteve na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, local em que foi detectado um surto da doença.
A Vigilância orientou as pessoas com sintomas que procurem atendimento médico o quanto antes caso tenham frequentado ou passado perto de locais com matas e rios. A febre maculosa é tratável, porém a cura é muito mais provável quando a doença é descoberta ainda no início. Depois de 72h após o início dos sintomas, as chances de óbito são elevadas. Como os sintomas são semelhantes a outras doenças, a população precisa informar o médico da presença em locais de risco e os profissionais da saúde devem estar atentos para fazer o questionamento caso não sejam comunicados pelos pacientes.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreira, dor abdominal, dor muscular constante, manchas vermelhas na pele e prostração.
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. As capivaras e os cavalos são os hospedeiros principais do carrapato-estrela. Apenas 1% dos carrapatos estão infectados com a bactéria, mas se encontrar um no corpo a recomendação é retirá-lo com cuidado, de preferência com a ajuda de uma pinça e sem esmagar ou quebrá-lo. Para que a transmissão ocorra, o carrapato infectado deve ficar aderido à pele da pessoa por mais de quatro horas.
PROTEÇÃO
A principal forma de proteção é evitar contato com carrapatos. Se a permanência em áreas de mata for inevitável, utilize roupas claras (para visualizar o carrapato mais facilmente), mangas compridas, botas, calças com elástico na barra, e se passar em área de risco, fazer uma busca pelo carrapato a cada 1 hora e removê-lo imediatamente do corpo.
