Obras estão previstas para terça e quarta-feira e são parte do Plano Campinas 2030, que tem a meta de ampliar a segurança hídrica da cidade
Troca de mais de 450 quilômetros de rede de água tratada é uma das medidas em andamento da Sanasa, dobrando em quatro anos tudo o que foi feito pela empresa de 1994 até 2020 (Kamá Ribeiro)
A Sanasa, empresa de economia mista responsável pelo saneamento em Campinas, informou que fará intervenções em três bairros do município na terça-feira (21) e quarta-feira (22). No primeiro dia, recebem o serviço da empresa os bairros Jardim do Lago e Jardim Bela Vista. Na quarta-feira é a vez de a Sanasa atuar no Jardim Santa Lúcia.
No Jardim Bela Vista, a Sanasa vai realizar a interligação de redes. A obra faz parte do Plano Campinas 2030, que prevê a troca de redes antigas por novas e tem o objetivo de melhorar a qualidade do abastecimento e evitar vazamentos. O fornecimento de água será interrompido, das 8h às 17h, entre as ruas Ary Barroso, Paula Bueno, Doutor Armando Sales de Oliveira e Padre João Francisco de Oliveira.
Abastecimento de água será suspenso temporariamente
Ainda na terça-feira, o Jardim do Lago receberá a instalação da nova rede de água. Para que o serviço seja executado, será necessário interromper o abastecimento, das 8h às 17h, dos imóveis localizados entre a Avenida das Amoreiras, ruas Jacy Teixeira Camargo e João Carlos Nougues, Avenida Adão Focesi e Rua Dionísio Cazotti. Após a conclusão do serviço, o abastecimento será retomado de forma gradual. Nessa região, foram substituídos, até o momento, 6,6 km de redes.
Na quarta-feira, os imóveis localizados entre a Avenida Ruy Rodrigues e as ruas Pedro Galhardi, Santa Maria Madalena Postel, José Augusto de Mattos, Maximiliano Weinlinch e Presidente Juscelino, no Jardim Santa Lúcia, precisarão ter o fornecimento de água suspenso entre as 7h e 17h. A Sanasa vai desativar a atual rede de água para a instalação de uma nova. Nessa região foram substituídos 19,9 km de redes. A interrupção é necessária para conectá-las às tubulações já existentes. As obras no Jardim do Lago e Jardim Santa Lúcia vão utilizar o método pipe bursting, no qual a rede atual é usada como “guia” para a instalação da nova. Estão sendo instaladas tubulações em PeAd (polietileno de alta densidade), material resistente e com durabilidade de cerca de 50 anos, que vai melhorar a qualidade da água fornecida, reduzir a quantidade de reparos emergenciais e, consequentemente, novas paralisações no fornecimento. Após a conclusão, o abastecimento será retomado de forma gradual.
CONSUMO CONSCIENTE
A Sanasa solicita aos moradores que consumam água de forma consciente, especialmente no horário em que as obras estiverem em execução. A companhia ressalta que imóveis que possuem caixa d’água obrigatória para ao menos 24 horas de reservação, como determina o artigo 41 da resolução 145/2016, da ARES-PCJ, não devem sentir os efeitos da interrupção. Já para aqueles que ainda não estão de acordo com a determinação, a Sanasa recomenda que se faça a reserva antecipada de água, porém, destaca que os reservatórios devem permanecer com tela e fechados para evitar que se tornem criadouros do mosquito da dengue.
PLANO CAMPINAS 2020 Lançado pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) em dezembro de 2021, o plano tem a meta de ampliar a segurança hídrica da cidade pelas próximas décadas e constitui um conjunto de mais de 100 obras, entre elas a construção de mais 20 grandes reservatórios de água, alguns já inaugurados. Somados aos 73 existentes, serão 93 reservatórios. A ampliação resultará em uma capacidade de armazenamento de 196 milhões de litros de água tratada, quantidade suficiente para abastecer Campinas por 20 horas, caso a Sanasa seja forçada a interromper a captação por falta de energia elétrica ou mesmo devido a algum desastre ambiental no Rio Atibaia, responsável por 95% do abastecimento da cidade.
Outro destaque do Plano Campinas 2030 é a troca de mais de 450 quilômetros de rede de água tratada, dobrando, em apenas quatro anos, o que a empresa realizou nos 27 anos anteriores (1994-2020). A substituição de redes antigas por novas de Polietileno de Alta Densidade (PeAD), com durabilidade superior a 50 anos, reforça ainda mais a liderança da cidade no quesito "perdas na distribuição", com metade da média nacional (cerca de 20% em Campinas e 40% no Brasil).
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