Instalação de tirolesa na Lagoa do Taquaral começa em março

Quatro anos depois do anúncio, o projeto para a instalação de uma "tirolesa" na Lagoa do Taquaral, em Campinas, avançou e já tem até contrato assinado. A autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec), que faz a gestão do solo público, assinou o contrato de concessão de uso do espaço público para a instalação, administração, operação e manutenção de tirolesa, na Lagoa do Taquaral. A promessa é que as obras comecem na primeira quinzena do próximo mês. O espaço de lazer é um dos mais importantes da cidade e recebe, apenas no final de semana, um público que gira em torno de 25 mil pessoas. O valor do ingresso da tirolesa proposto na licitação é de R$ 92,00.

De acordo com a nota da Setec, a torre terá oito metros de altura na saída, dois metros na chegada, e será instalada próxima aos pedalinhos, na entrada do portão principal. O novo equipamento de lazer contará com uma torre de madeira de onde sairão dois cabos, sendo um de 360 metros com o sistema tradicional, e outro com 345 metros com o sistema motorizado.

A futura atração será explorada pelo Consórcio Taquaral Aventura, composto por duas empresas e vencedor da licitação. O investimento será de R$ 1 milhão para a montagem da estrutura e o mesmo valor ser´gasto anualmente para a operação do equipamento. O prazo de conclusão da obra é de 120 dias, ou seja, a entrega está prevista para início do segundo semestre. 

Segundo o presidente da Setec, Enrique Lerena, “uma das funções do uso do solo público é a geração de entretenimento para a população. A tirolesa será mais um equipamento de lazer na Lagoa do Taquaral à disposição dos milhares de campineiros que frequentam o local”.

HISTÓRICO

No inicio da segunda quinzena de dezembro do ano passado, a Prefeitura Municipal de Campinas divulgou, no site dos Serviços Técnicos Gerais, o novo edital para concessão e construção de uma tirolesa no Parque Portugal, popularmente conhecido como Lagoa do Taquaral. Um projeto foi iniciado no ano de 2020, mas ele foi abandonado após a desistência do responsável. Em 10 de março de 2020, o então prefeito Jonas Donizette (PSB) assinou uma Ordem de Serviço para início das obras de implantação. A previsão era de que as obras durassem de dois a três meses. Na época, o projeto previa a construção de uma tirolesa com extensão de 700 metros, entre e ida e volta do trajeto, em dois cabos, e com altura de oito a dez metros. O ponto de partida seria próximo aos eucaliptos, seguindo por cima da lagoa e terminando em uma área de vegetação próximo à caravela. A construção da tirolesa estava estimada em R$ 200 mil, mas sem custos aos cofres públicos. 

Ainda era definido que a idade mínima para uso da tirolesa seria de cinco anos, sendo que menores de 18 anos deveriam estar acompanhados dos pais, e o ingresso estipulado no valor de R$ 30, ou seja três vezes menos do valor sugerido agora. Da bilheteria total, 30% deveriam ser revertidos para o fundo de manutenção do parque. Segundo a diretora da Setec, Janaína Vacilotto Campos, disse na ocasião da retomada da licitação, a construção da tirolesa foi encerrada com a chegada da pandemia de covid-19.

Em meados de dezembro do ano passado, a reportagem do Correio Popular esteve no espaço e constatou que parte da estrutura, perto da caravela, permanecia no local. Era possível ver parte das escadarias e dos ferros de sustentação, todos cobertos por tapumes, e que estavam grafitados devido ao abandono. Já a estrutura que estava montada no local que seria o ponto de partida, próximo aos eucaliptos, foi retirada. Janaína disse que na ocasião que estrutura que permanece no local também seria removida.

“É necessário um projeto técnico para esse empreendimento. Não é possível continuar uma obra que alguém começou, pois é necessário alvará para seu pleno funcionamento”, explicou Janaína.

Segundo a diretora, o então projeto foi feito pelo Departamento de Parques e Jardins para que fosse aberta a concorrência da execução e da operação da tirolesa. O edital permaneceu em vigor 45 dias após a publicação. O valor dele é de R$ 998.603,81 para instalação e R$ 2.072.537,40 para operação da tirolesa. A validade é de 15 anos. 

Segundo o justificado no edital, “não se trata do simples funcionamento de uma tirolesa, e sim da prestação de serviços a um visitante diferenciado, que deve voltar ao seu local de origem recomendando o Parque Taquaral a amigos pela exuberância da natureza e pela qualidade dos serviços oferecidos”. Conforme o edital, a empresa vencedora do certame deve pagar, mensalmente, o valor de 5% da bilheteria à Administração Municipal.

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