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Grupo ‘O que te assombra?’ fará dois passeios em locais históricos de Campinas

As vagas são limitadas e é preciso fazer a inscrição com antecedência

Do Correio Popular
20/10/2022 às 09:24.
Atualizado em 20/10/2022 às 09:27
No último passeio, os participantes conheceram as curiosidades e fatos históricos do Cemitério da Saudade (Kamá Ribeiro)

No último passeio, os participantes conheceram as curiosidades e fatos históricos do Cemitério da Saudade (Kamá Ribeiro)

Dois passeios acontecerão na sexta-feira e sábado em lugares históricos de Campinas realizados pelo grupo “O que te assombra?”. Para sexta, as inscrições estão abertas para a "Visita noturna à Catedral Metropolitana de Campinas e suas tantas histórias". As vagas são limitadas e não é preciso pagar nada, mas todas as vagas foram preenchidas até o final da tarde de sexta.

Durante o passeio, haverá arrecadação de doações ao Banco de Alimentos de Campinas. O grupo marcou a concentração em frente à Basílica de Nossa Senhora do Carmo, na Rua Barão de Jaguara, às 19h. Às 19h15, começa a caminhada até a Catedral.

O organizador, Thiago de Souza, explicou que -, ao contrário do passeio que acontecerá no sábado, no Cemitério da Saudade, e do nome do grupo - não há associação com o sobrenatural na visita à Catedral. "Temos um olhar 100% cultural, histórico. A gente vai para lá conhecer a história da Catedral, acessar a cripta, que é muito interessante (...) conscientizar que a Catedral é um tesouro da cidade, um lugar maravilhoso. Nosso passeio por lá tem mais um olhar de Indiana Jones do que Caça-Fantasmas", brincou.

Sobre o primeiro passeio, Thiago descreveu como "absurdo". "A inscrição acabou rapidamente. Foi muita gente, um absurdo! Havia 200 pessoas facilmente. Nós nem íamos fazer esse passeio novamente agora, mas a procura foi tão grande que resolvemos realizá-lo".

Além da importância religiosa e das histórias, a Catedral se destaca por ser a maior construção de taipa de pilão do mundo e é exuberante no que se refere à arte sacra e arquitetura. Também é solo sagrado que guarda em sua cripta personalidades importantes da Igreja Católica. O passeio monitorado inclui visita à cripta e ao relógio, além de contação de histórias.

Saudade e suas vozes

No sábado (22), será a vez de conhecer melhor o Cemitério da Saudade, no passeio "Saudade e suas Vozes". Assim como o da Catedral, o passeio é gratuito, mas a população pode contribuir com o Banco de Alimentos, levando alimentos não perecíveis

As vagas são limitadas e é preciso fazer a inscrição por meio do link: doity.com.br/saudade-e-suas-vozes

Durante o passeio, os participantes vão ouvir histórias sobre Manoel Simões, o motoneiro do bonde, e de assombrações do próprio cemitério, como relatado no livro "Muito Além da Saudade", de Élcio Henrique Ramos.

Serão apresentadas ainda histórias dos milagreiros Maria Jandira, os três anjinhos, a desconhecida, entre outros personagens da cidade que estão enterrados no local, como Francisco Glicério, Mário Gatti, Vieira Bueno e até Hércules Florence, um dos inventores da fotografia.

Ademais, haverá a presença do historiador Cridinei Gabriel, que abordará conteúdos sobre uma das três necrópoles mais relevantes do país.

Defensor de que o Cemitério da Saudade é um museu a céu aberto e que não há outro lugar que explique tanto a história de Campinas, ele também repudiou a ação de intolerância religiosa cometida no último domingo contra a Capela do Senhor Tranca Rua das Almas, quando o santuário e a imagem do guardião foram vandalizadas com tintas e fezes. O autor do vandalismo ainda não foi identificado. A Setec informou que um procedimento foi aberto para investigar o ocorrido e identificar o responsável.

"É um patrimônio. [não se pode] Vilipendiar, vandalizar, independentemente do que seja... é o contexto de um museu. Se está lá, é porque tem que estar lá, tem que ser cuidado. Essa não é a primeira obra vandalizada. A gente tem que ter políticas de conscientização e preservação, com ações como a que estamos fazendo, com o apoio da Prefeitura de Campinas. É preciso esclarecer as pessoas de que elas não estão entrando em lugar qualquer, abandonado. É um local que tem significado religioso, histórico, cultural. Vandalizar uma peça dessas é vandalizar o patrimônio da cidade, independentemente do santuário pertencer a alguma religião", opinou o organizador.

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