Em Campinas, há possibilidade de chuvas volumosas e trovoadas isoladas até a próxima semana
Volume previsto pela média histórica para janeiro na região, segundo o Cepagri, é de 273 milímetros (Leandro Ferreira/AAN)
A chegada de uma frente fria no Litoral do Estado de São Paulo fará com que o tempo permaneça instável pelos próximos dias em praticamente todas as regiões paulistas. Em Campinas, estão previstas chuvas volumosas e trovoadas isoladas até o começo da semana que vem. Segundo informações do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, até o próximo domingo são esperados cerca de 50 milímetros (mm) de chuva, o equivalente a quase 20% do volume previsto pela média histórica para janeiro, que é de 273mm.
De acordo com o instituto, o céu deverá ficar parcialmente nublado ao longo do dia de hoje, com chuvas fortes a partir do começo da tarde. As chances de temporais são pequenas, mas não estão descartadas. Amanhã, a expectativa é que chova praticamente o dia inteiro. Novamente, as chances de temporais são pequenas, mas há possibilidade de acumulados expressivos em algumas áreas. A partir de domingo, a aproximação de uma nova frente fria, que deve passar entre a segunda e a terça-feira, aumenta as chances de tempestades.
O meteorologista do Cepagri, Bruno Bayne, alerta que entre domingo e segunda-feira há grandes chances de temporais e que a população deve se manter informada. “É difícil cravar isso, mas pode ser que tenhamos alagamentos em algumas vias que sejam mais propensas para isso. Outra questão são os riscos de deslizamento de terra, já que o solo está bastante úmido por causa das chuvas dos últimos dias. São possibilidades que as pessoas precisam ter em mente que podem acontecer dependendo da quantidade de chuva que cair em um determinado espaço de tempo”, disse ele.
No último domingo, uma forte chuva chegou a causar estragos e alagamentos em diversos pontos de Campinas. As avenidas Anchieta, Princesa d’Oeste, Orosimbo Maia, Nestor Castanheira e Jesuíno Marcondes Machado, por exemplo, sofreram com a falta de escoamento. O temporal também derrubou parte do muro do Cemitério da Saudade e levantou parte do piso da ciclovia na Avenida Norte-Sul.
Dezembro e janeiro são os mais chuvosos do ano
De acordo com a média mensal, em milímetros, da precipitação acumulada dos dados registrados pela Estação Meteorológica do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), no período de 1990 a 2020, os meses mais chuvosos do ano são: janeiro (273mm), dezembro (203,9mm) e fevereiro (190mm). Em contrapartida, os secos são: agosto, julho e junho, com 31,4mm; 40,4mm; e 42,8mm; respectivamente.