renegociação

Feirão do SPC dá desconto de até 98%

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) iniciou ontem um feirão online de renegociação que promete descontos de até 98% nas dívidas em atraso

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
22/11/2019 às 07:35.
Atualizado em 30/03/2022 às 13:38

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) iniciou ontem um feirão online de renegociação que promete descontos de até 98% nas dívidas em atraso. A oportunidade é válida para consumidores de 11 capitais — São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Goiânia, Cuiabá, São Luis, Teresina, Rio Branco e Manaus — e em mais quatro cidades do interior do País — Feira de Santana (BA), Ibirité (MG), Pato Branco (PR) e Santo Antônio da Platina (PR). Cerca de 120 empresas participam do evento, que vai até o próximo dia 15 de dezembro, com condições que vão desde descontos até a possibilidade de parcelamento maior ou um novo prazo para quitar a dívida. Para participar, o consumidor deve fazer um cadastro no site oficial do feirão - http://www.serasaconsumidor.com.br/limpa-nome-online. Após receber a confirmação de autenticidade, o cliente tem a opção de consultar seu CPF, gratuitamente, para verificar se há pendências e se elas estão disponíveis para negociação. "A praticidade em não ter de se deslocar até uma agência bancária ou uma loja para tentar um acordo com o credor é um benefício bastante atraente", acredita Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil. "Os canais digitais já se consolidaram nas transações bancárias e nas compras online, agora é a vez das renegociações de débitos ganharem mais espaço nessas plataformas." Na avaliação do executivo, o fim de ano é ideal para a renegociação das dívidas por causa da entrada do dinheiro extra na carteira do consumidor, como o 13º salário e o FGTS. "Quem está inadimplente deve priorizar o pagamento de dívidas com esse dinheiro", explica Pellizzaro. "É importante fazer um esforço para quitar as dívidas e consumir com responsabilidade para não reincidir nos atrasos." Dados do SPC Brasil mostram que o volume de consumidores com contas em atraso cresceu 1,58% no mês de outubro na comparação com o mesmo mês de 2018. A maior parte das dívidas em aberto no País, 53%, está ligada a instituições financeiras. O comércio responde por uma fatia de 17% do total de endividamento, enquanto o setor de telefonia por 12% e as contas de água e luz por 10%. Bancos também negociarão dívidas O mutirão de renegociação de dívidas bancárias, que ocorrerá entre 2 e 6 de dezembro, terá a participação de seis instituições: Banco do Brasil, Banrisul, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander. O Banco Central e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assinaram ontem um entendimento que prevê um mutirão de renegociação de dívidas em agências bancárias de todas as 27 capitais do País. Segundo o presidente da Febraban, Murilo Portugal, as agências bancárias ficarão abertas até as 20 horas entre 2 e 6 de dezembro para renegociar esses débitos. Ao todo,participarão do mutirão 261 agências em todas as capitais do País para renegociar débitos de seus clientes. Segundo Portugal, além de renegociação de dívida, os clientes também terão acesso a orientações de educação financeira. A medida é parte do Acordo de Cooperação Técnica e tem o objetivo de promover ações coordenadas de educação financeira. O entendimento prevê ainda a criação de um plataforma que, além de conteúdo educacional, irá "medir a saúde financeira dos que desejarem participar. E, ainda, premiação para incentivar ações de educação financeira. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que as ações podem atingir 144 milhões de brasileiros com relacionamento bancário. O diretor de Autorregulação e Relações com Clientes da Febraban, Amaury Oliva, destacou que não há padronização de descontos ou condições de parcelamento. Os bancos ficarão livres para realizar as renegociações de acordo com seus termos. Ele ponderou, no entanto, esperar "descontos especiais" na semana. As agências que trabalharão em horário estendido serão divulgadas na próxima segunda-feira no portal da Febraban. Além da renegociação nas agências, o consumidor também poderá recorrer aos canais digitais dos bancos e à plataforma do http://consumidor.gov.br. Questionados, Febraban e BC não souberam mensurar quantas pessoas serão atendidas ou quanto em dívida será negociado. "Não planejamos uma meta, depende do interesse do cidadão e do consumidor de procurar o banco. Esperamos que adesão seja grande porque os bancos estão propiciando condições necessárias", explicou o chefe do Departamento de Promoção e Cidadania Financeira do Banco Central, Luis Gustavo Mansur. Além do mutirão, o acordo prevê outras três medidas: a criação de uma plataforma que, além de conteúdo educacional, irá medir a saúde financeira dos cidadãos; uma premiação para incentivar ações de educação financeira; e uma semana de Estratégia Nacional de Educação Financeira, em maio, em que tradicionalmente também há um mutirão para renegociação de dívidas.

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