LAGOA DO TAQUARAL

Eucalipto que matou menina caiu devido ao solo encharcado

Foi a conclusão dos laudos de vistoria técnica apresentados pela Prefeitura

Da Redação
03/02/2023 às 08:49.
Atualizado em 03/02/2023 às 08:49
Laudos técnicos elaborados por equipes do IPT e do IB concluíram que encharcamento do solo derrubou árvore (Kamá Ribeiro)

Laudos técnicos elaborados por equipes do IPT e do IB concluíram que encharcamento do solo derrubou árvore (Kamá Ribeiro)

A Prefeitura de Campinas informou no final da tarde de quinta-feira (2) que os laudos de vistoria técnica do eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral no dia 24 de janeiro e que causou a morte de uma menina de sete anos apresentaram a conclusão de que a queda da árvore foi devido ao encharcamento do solo. Desde o ocorrido, todos os 25 parques da cidade permanecem fechados. A Prefeitura informou que anuncia hoje se a medida persiste ou os parques voltarão a funcionar normalmente.

Segundo a Prefeitura, os laudos foram realizados por equipes técnicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto Biológico (IB), órgãos ligados ao governo do Estado de São Paulo. “Conforme os laudos técnicos do IPT e do IB, a queda do eucalipto foi causada por razões meteorológicas, como alto índice pluviométrico (excesso de chuvas) e ventos, e fatores ligados à permeabilidade do solo (encharcamento)”, disse o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.

No caso do eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral, de cerca de 20 metros de altura e 1 metro de diâmetro, o laudo do IPT afirma que “a ferida e a cavidade causada pela biodeterioração do lenho, encontradas no tronco, não estão associadas à queda da árvore, que promoveriam a ruptura do tronco e não o pivotamento (movimento giratório) do sistema radicular”.

Em trecho do laudo do Instituto Biológico, consta que “não foram encontrados danos, vestígios ou atividade termítica de cupins subterrâneos, arborícolas ou de madeira úmida ou incidência de microcoleobrocas ou outros insetos broqueadores e formigas carpinteira e a ausência visual de fungos apodrecedores externos” e “a ruptura de raízes possivelmente foi devido à senilidade da árvore, aliado ao solo com características hidromórficas que dificultam um enraizamento adequado e a saturação do mesmo devido à proximidade do corpo hídrico (lagoa)”.

Em relação ao restante dos eucaliptos existente na Lagoa do Taquaral, a Prefeitura informa que aguarda resposta do ofício enviado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística para solicitar ao Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) uma análise do fragmento florestal, de cerca de 2 mil eucaliptos existente no local.

A queda do eucalipto na Lagoa do Taquaral vitimou a criança de sete anos e feriu outras três pessoas. A Prefeitura informou que o  prefeito Dário Saadi (Republicanos) se solidarizou com a família das vítimas e colocou a Administração à disposição para prestar todo o auxílio necessário.

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