Hortifrútis são produzidos por assentados do MST das regiões de Campinas e São Paulo; evento que vai até as 18h de domingo também conta com produtos industrializados feitos por cooperativas e associações (Kamá Ribeiro)
A Estação Cultura, em Campinas, recebe de sexta-feira, 24, até o domingo, dia 26, uma feira agroecológica com produtos in natura e industrializados produzidos por assentados e por cooperativas e associações ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
O evento é realizado pelo MST e tem apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo. A feira começou às 10h de ontem e vai até às 18h de domingo. As barracas terão hortifrútis produzidos de forma agroecológica por assentados das regiões de Campinas e da Grande São Paulo.
Também serão comercializados produtos industrializados feitos por cooperativas e associações, como derivados de mel, fitoterápicos, fitocosméticos, café, doces, compotas e temperos. A Coapar, cooperativa da região de Andradina, vai oferecer os produtos derivados do leite da marca Melhor do Campo, como as variedades de iogurtes e queijos.
A marca Gelado do Campo, que produz sorvetes a partir de frutas produzidas em assentamentos, também estará na Feira. Além dos produtos, a programação cultural conta com nomes como Francisco, El Hombre, Tita Reis, Cacique & Pajé, Sandália de Prata, Lirinha, Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Glautins Matuá e Cupinzeiro, além de outros artistas.
A programação ainda conta com oficinas, seminários e debates. De acordo com o MST, a feira que acontecerá na Estação Cultura homenageia Neusa Paviato, uma militante histórica do MST em São Paulo. Neusa ingressou no Movimento ainda nos anos 90, a partir da ocupação do Horto Boa Sorte, em Restinga (SP).
Incansável na luta por Reforma Agrária, se dedicou à organização das mulheres sem terra, ao fortalecimento da agroecologia e contribuiu na construção e consolidação de assentamentos rurais e cooperativas por todo o Estado. Sempre defendeu e trabalhou para a realização de uma feira estadual da Reforma Agrária.
O objetivo da feira é promover um amplo espaço de debates com a sociedade sobre a questão agrária no estado de São Paulo. Ela se coloca como um instrumento da luta pela terra a partir do acesso aos alimentos saudáveis e por dar visibilidade ao trabalho de milhares de famílias beneficiadas pela Reforma Agrária através da luta pela terra.
A feira, portanto, tem o intuito de facilitar o acesso a comida de verdade, debates políticos, arte e cultura. A Estação Cultura fica localizada na Praça Mal. Floriano Peixoto, no Centro de Campinas.
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