Casal gastou cerca de R$ 20 mil com viagem dos sonhos (Élcio Alves/ AAN)
Um casal de empresários de Campinas faz parte do grupo alunos que viajariam até o começo do ano que vem para Dublin, na Irlanda, por meio da empresa BFA Intercâmbios, que fechou as portas na semana passada sem dar nenhuma explicação e deixou mais de 430 estudantes na mão. Gisele Cristina Vedovatto Amaral, de 29 anos, e Leonidas Arlindo Lavagnoli, de 27 anos, iam embarcar no próximo dia 28 de setembro, mas na última quinta-feira foram avisados pelo consultor da empresa que a sede em Dublin estava fechada e que o dono havia fugido para a Espanha.O casal entrou em contato com a escola contratada e descobriu que a matrícula nem havia sido feita pela BFA. O valor das mensalidades não foi repassado. “Nossa prioridade foi escolher uma boa escola, e quando ligamos para saber a situação das matrículas soubemos que nada foi pago”, conta Leonidas. Antes de fechar o contrato, o casal se preocupou em conhecer a empresa, teve indicação de amigos e até familiares que já haviam utilizado os serviços da BFA, mas nem assim conseguiram evitar o golpe.Juntos, os dois investiram mais de R$ 20 mil, e agora tentam recuperar o prejuízo. “Já registramos a ocorrência na delegacia e vamos entrar com uma ação judicial para receber de volta o nosso dinheiro, além de uma indenização por danos morais”, afirma Leonidas. Assim como eles, outros jovens estão desesperados tentando negociar novos valores com as escolas e alojamentos, para não precisar cancelar a viagem. Um grupo foi criado no Facebook, e brasileiros que estão em Dublin tentam ajudar. “O diretor da empresa em Dublin, Daniel Oliveira, e outros funcionários também estão nos auxiliando e entrando em contato com as escolas para pedir descontos em novos pacotes”, conta Leonidas.O dono da BFA, Márcio Chaves, que atua na Irlanda há dez anos, publicou uma nota na última segunda-feira explicando a crise na empresa, assumindo que não conseguiu manter os contratos e dizendo que se mudou definitivamente para a Espanha. Ele afirmou que a crise começou em maio e que não conseguiu reverter a situação até precisar fechar as portas.