Município atingiu a média 7,6 para os anos iniciais e 6,1 para os anos finais do ensino fundamental; prefeito destacou que, além dos investimentos, o envolvimento da comunidade é essencial para um bom desempenho (Divulgação Jaguariuna)
Jaguariúna atingiu a melhor nota da Região Metropolitana de Campinas (RMC) na educação, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 divulgados nesta semana. O município atingiu a média 7,6 para os anos iniciais e 6,1 para os anos finais no segmento do ensino fundamental, o melhor desempenho da região e o oitavo melhor do Estado de São Paulo. Na comparação com o relatório anterior, publicado em 2021, houve um avanço de 1,1 ponto para os anos iniciais e de 0,2 para os anos finais.
O índice, criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio de Teixeira (Inep), mede o desempenho dos alunos em matemática e língua portuguesa, gerando uma nota média padronizada em uma escala de zero a dez.
O prefeito da cidade, Gustavo Reis, destacou que o processo de melhora da educação, especialmente a pública, depende, além dos investimentos econômicos e técnicos, do envolvimento da comunidade como um todo. “Esse reconhecimento é fruto do comprometimento de toda a nossa comunidade escolar, desde os professores e gestores até os alunos e suas famílias. Investimos em uma educação de qualidade, com infraestrutura adequada, formação continuada dos educadores e programas que estimulam o aprendizado.
A manutenção pública do Ensino Fundamental é de responsabilidade dos municípios, incumbidos em gerir a verba destinada às secretarias de educação. Em Jaguariuna, a Secretaria afirmou que adotou algumas medidas para continuar com o bom desempenho, como o processo de formação continuada dos docentes, aprimoramento dos materiais didáticos voltados às habilidades essenciais para os 5º e 9º anos e o acompanhamento dos dados educacionais, “A análise criteriosa dos resultados das avaliações externas tem sido fundamental para refletirmos sobre nossas práticas pedagógicas e aprimorarmos o (processo) de ensino e aprendizagem”, avaliou a secretária de Educação, Célia Leão.
Para alcançar os resultados demonstrados, segundo a secretaria, há a integração de todos os níveis de ensino, do infantil até o médio, para que os alunos cheguem aos anos finais dominando as competências exigidas, algo que envolve todos os docentes e considera as condições de ensino e aprendizagem ao longo de todas as fases de escolaridade. O intuito é que os profissionais se corresponsabilizem pelo processo.
Célia Leão enfatizou que a formação continuada é um investimento considerado importante para o sucesso desempenhado tanto no ensino presencial quanto no on-line. "Aderimos ao Projeto Aprova Brasil com simulados e análise dos resultados, que é realizada por meio de uma plataforma de monitoramento, o que garante a avaliação do processo, e com estratégias de intervenção com foco nas habilidades mais fragilizadas."
Além dos macroindicadores, existe a preocupação com o acompanhamento individualizado dos alunos, refletido em avaliações internas de cada estudante, com as práticas pedagógicas e condições gerais da escola. Unificar os modelos avaliativos internos garantem o diálogo com as avaliações externas, pois “é a articulação de todas essas informações que dará um retrato completo para que os gestores e docentes melhorem e garantam o processo de ensino e aprendizagem”, ressaltou a secretária. Luciana Sisti, que é supervisora do Ensino Fundamental, explicou que as ações que visam ao desenvolvimento integral de cada aluno estão norteadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais para todos os estudantes, em todas as unidades federativas, garantindo o direito à educação de qualidade.
“Enquanto profissionais da educação, nos sentimos gratificados por garantir o direito previsto nos documentos normativos, garantindo (um resultado) acima da média nacional e estadual. Contamos com taxa zero de evasão, um baixo índice de reprovação. É o investimento para garantir o direito à educação. É, também, o servidor devolvendo à sociedade o que é de direito, pois estamos aqui para servir os nossos munícipes.”
100 MELHORES ESCOLAS
No seguimento do ensino médio, o Estado de São Paulo se destacou com uma a cada quatro escolas no ranking das 100 melhores do país. Destacam-se as unidades ligadas à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI). A escola com a melhor colocação é o Colégio Técnico Industrial Professor Isaac Roldán, localizada em Bauru, vinculada à Universidade Estadual Paulista (UNESP), que registrou a média 7,4 no IDEB. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), os principais destaques são a Escola Técnica de Paulínia, em 32º lugar nacionalmente e com média 6,6; a Etec Rosa Perrone Scavone de Itatiba, média 6,4 e 53ª posição no ranking; a Escola Estadual Orozimbo Maia, de Campinas, com média 6,3 e em 77º lugar; e a Etec Conselheiro Antonio Prado, a Etecap, na 89ª posição.
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