CONSELHOS DE SEGURANÇA

Consegs criarão Observatório de Segurança

Objetivo é debater políticas públicas contra violência nas duas regiões da cidade

Thiago Rovêdo
08/04/2022 às 21:54.
Atualizado em 10/04/2022 às 13:16
Reunião dos Consegs debateu problemas de segurança do Cambuí e do Centro, como assaltos, furtos, pichações e aumento de moradores de rua (Ricardo Lima)

Reunião dos Consegs debateu problemas de segurança do Cambuí e do Centro, como assaltos, furtos, pichações e aumento de moradores de rua (Ricardo Lima)

Os Conselhos de Segurança (Consegs) do Cambuí e do Centro vão capitanear a elaboração de um Observatório da Segurança Pública das duas regiões. A decisão foi tomada no evento realizado na noite de quinta-feira, denominado "Ações Transversais contra a Degradação Urbana". O encontro debateu temas como o aumento de pessoas em situação de rua, consumo de drogas, furtos e casos de violência nas duas regiões.

Participaram desse evento representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Prefeitura, Câmara Municipal, Secretarias de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos e de Segurança Pública, Igreja, entre outras instituições que integram as regiões do Centro e Cambuí. 

Segundo explicou Eduardo Cruz, presidente do Conseg Cambuí, cada autoridade ou instituição representada no evento debateu os problemas de segurança do bairro, como invasões, assaltos, furtos e até pichações e propôs saídas que poderiam ser tomadas para amenizar essas ocorrências quase que diárias.

"Depois de muita conversa, decidimos pela criação do Observatório de Segurança Pública. Essa nova ação pretende ter como base identificar os anseios da população, oferecer esses pedidos ao poder público responsável e acompanhar de perto as políticas públicas que serão feitas a partir disso", comentou.

Segundo explicou o presidente, o Conseg tem recebido diariamente reclamações dos moradores e comerciantes referentes a invasões de casas, roubos de fiações, ameaças, furtos, depredação, consumo de droga e até fezes em vias públicas. Porém, a intenção deste Observatório não é ficar restrito ao Cambuí ou ao Centro.

"Queremos que seja ampliado para todos os Consegs da cidade. Depois, conforme as questões forem surgindo nas outras regiões, vamos organizá-las de uma modo que consigamos informar as instituições e as autoridades para aplicar as políticas necessárias", comentou. 

Cruz explicou que, a partir de agora, a institucionalização do Observatório da Segurança Pública será formalizada pelo que ele chamou de Carta de Academia, definindo todas as instituições que irão participar — os membros não precisam ser necessariamente os que estiveram presentes no encontro de anteontem.

"A partir de agora, vamos formar uma carta da academia — um documento com o conteúdo proposto e que vai balizar o acompanhamento do Observatório. Vai servir para os Consegs daqui, para os outros que não estiveram presentes, para as instituições. Enfim, será um documento que irá ajudar todos que queiram participar", afirmou.

Cruz afirmou que a entidade recebe diariamente reclamações sobre invasões de casas, roubos de fiações, ameaças, furtos, consumo de drogas e até acúmulo de urina e fezes em frente de comércios e residências. Embora muitas vezes as denúncias estejam associadas à população de rua, o empresário garante que a questão tem de ser tratada de forma humanitária e não higienista. 

"O Conseg Cambuí é solidário ao drama das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. Defendemos um olhar humano no amparo a qualquer pessoa ou família necessitada. Queremos pensar em soluções, esse é o nosso intuito. Também entendemos que é preciso separar pessoas que precisam de ajuda - seja por dependência química ou por outras doenças — de quem comete crimes. Uma minoria não pode se utilizar de uma situação para cometer atos ilícitos", pontuou.

Para ele, as ações realizadas por forças policiais servem, muitas vezes, para "enxugar o gelo", pois o problema é sanado apenas por um curto período de tempo, para voltar depois sem uma resolução definitiva. Antes da pandemia, as principais reclamações no bairro eram por "perturbação do sossego", porém os golpes e crimes que aumentaram desde o surgimento da covid-19 estão tirando o sono da população. 

O presidente do Conseg Cambuí acredita que é preciso um trabalho integrado entre as forças de segurança pública, Secretarias Municipais e população para que, de maneira multidisciplinar, um debate seja feito em prol de estratégias para solucionar definitivamente a questão.

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