EM CAMPINAS

Cartórios fazem plantão no final de semana para eleitor regularizar título

Atendimento será das 11 às 17 horas no Palácio da Justiça, no Centro

Edimarcio A. Monteiro
28/04/2022 às 08:42.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:42
Cartórios têm recebido, presencialmente, 600 pessoas por dia para se alistar ou resolver pendências eleitorais (Gustavo Tilio)

Cartórios têm recebido, presencialmente, 600 pessoas por dia para se alistar ou resolver pendências eleitorais (Gustavo Tilio)

Os sete cartórios eleitorais de Campinas ampliarão o atendimento ao público, nesta reta final de regularização dos títulos, para quem pretende participar do pleito deste ano. Eles realizarão plantão no final de semana, dias 30 de abril e 1º de maio, das 11 às 17 horas, e estarão abertos das 9 às 18 horas entre a próxima segunda e quarta-feira, dia 4 de maio, quando se encerrará o prazo para tirar o título ou acertar a situação com a Justiça Eleitoral.

Nesses cinco dias, não é necessário realizar agendamento pela internet. O eleitor será atendido por ordem de chegada, basta procurar os cartórios. Todos eles funcionam no Palácio da Justiça (antigo Fórum), na Rua Regente Feijó, s/n°, no Centro. Até o final de março, último levantamento disponível, Campinas tinha 860.281 eleitores cadastrados, aumento de 1,91% em comparação aos 844.129 registrados em maio de 2020, prazo final de regularização para votar nas eleições daquele ano.

Procura

De acordo com o coordenador da Central de Atendimento em Campinas da Justiça Eleitoral e chefe do Cartório da 423ª Zona, Antonio Carlos Fidelis, nesta semana, cerca de 600 pessoas por dia estão procurando o atendimento presencial. Fora desse período especial em que o serviço será ampliado, o horário de funcionamento dos cartórios é menor, das 12 às 18 horas, e os interessados precisam agendar o atendimento.

Para quem quer evitar as filas e garantir a regularização da situação eleitoral, pode recorrer à internet. Por meio do site https://www.tre-sp.jus.br/eleitor/atendimento-online/, o eleitor tem acessos aos mesmos serviços prestados pelos cartórios: tirar ou cancelar o título, pagar multa por não ter votado ou justificado ausências nas eleições anteriores, obter certidões eleitorais, imprimir o título e regularizar a justificativa eleitoral apresentada anteriormente.

Fidelis aponta que o atendimento online tem sido o principal meio utilizado pelos eleitores de Campinas, com 1,5 mil a 2 mil acessos por dia. A resposta à demanda feita é dada em 48 horas. 

A cabeleireira Ariane Gabrieli, 22 anos, procurou na quarta-feira (27) a Justiça Eleitoral para tirar o título e regularizar sua situação. Ela deixou de participar das eleições de 2018 e 2020, apesar de já ser obrigada a votar. “Não tinha uma opinião formada sobre as eleições”, justificou. Além de querer participar este ano, a falta do título a impede de conseguir emprego com registro na Carteira de Trabalho.

Já Poliana Valadares de Lima, de 18 anos, estava se alistando para votar pela primeira vez. Ela disse que ainda não escolheu seus candidatos e definirá os votos mais perto do pleito. O primeiro turno das eleições será no dia 2 de outubro. 

Já o segundo turno — se for necessário — para os cargos de presidente da República e governadores de Estados será em 30 de outubro, último domingo do mês. Além desses, serão eleitos senadores, deputados federais e deputados estaduais. 

O coordenador da Central de Atendimento alerta que, este ano, a biometria não será exigida em Campinas. Portanto, quem ainda não a fez poderá votar normalmente. 

Unicamp nas eleições

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está entre as dez instituições nacionais que apresentaram sugestões para aumentar a segurança e transparência nas eleições. Ao todo, foram feitas 44 sugestões: três da Unicamp, seis das Forças Armadas, 11 da Polícia Federal, dez da Universidade de São Paulo (USP), quatro da Universidade Federal de Pernambuco, quatro da Fundação Getúlio Vargas, duas da Transparência Brasil, três da Fundação Open Knowledge, organização da sociedade civil sem fins lucrativos e apartidária, e uma da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Essas entidades integraram a Comissão de Transparência das Eleições criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro passado. O grupo divulgou, esta semana, um plano com dez medidas. Porém, o TSE não especificou quais as sugestões feitas por cada participante ou o autor das propostas adotadas.

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