Campinas baixou os índices de ocupação de UTIs, porém, ainda continua com média diária alta de mortes (Leandro Ferreira/AAN)
O governador João Doria (PSDB) atualizará hoje a classificação das regiões paulistas dentro do Plano São Paulo e a perspectiva é que os 42 municípios da região de saúde de Campinas sairão da fase mais restritiva, a vermelha, onde apenas serviços essenciais podem funcionar, e passem para a laranja, quando comércio de rua, shoppings e escritórios podem retomar o atendimento presencial, com regras. A taxa de ocupação em UTI, principal indicador utilizado na avaliação, caiu de 79,8% na quinta para 78,9% ontem. Ainda será necessário esperar os números de novos casos, mortes e internações de UTI que serão atualizados hoje, para saber se a região avançará no plano. Nos últimos sete dias, no entanto, o cenário vem se mostrando mais favorável nos demais indicadores: houve uma queda de 5,6% de novos casos confirmados na semana em relação à semana anterior, e de 7,7% nos óbitos no período. A região de Campinas soma 39.741 casos e 1.527 mortes desde o início da pandemia. O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que regiões que estão na fase vermelha tiveram boa evolução nessa semana, mas se essa evolução permitirá que avancem de fase só será possível saber hoje com a consolidação dos dados. "Regiões que tinham evolução na epidemia, como Araçatuba, tiveram um recuo em novos casos. Naquelas que tinham a capacidade hospitalar mais atingida, como Campinas, Franca, Ribeirão Preto e Piracicaba, foi feito grande esforço para que pudessem ter ocupação menor de UTIs", disse. As quatro regiões, segundo ele, já têm ocupação menor, mas os números de ontem mostram que Franca, Piracicaba e Ribeirão Preto ainda não conseguiram baixar de 80% a taxa. Ribeirão Preto estava com 92% dos leitos de UTI ocupados, Piracicaba com 84,1% e Franca, 83,5%, o que indica dificilmente progredirão a partir de segunda-feira para a fase laranja. O secretário avaliou que nenhuma dessas regiões ficou sem assistência e houve ações contundentes do governo no período para não faltar leitos. "Algumas estratégicas, como a disponibilização de internação no Hospital de Campanha do Ibirapuera, na Capital, de pacientes das regiões de Campinas e Piracicaba, a implantação de mais leitos nessas regiões, seja com novos respiradores ou custeio para contratação de leitos na rede privada, contribuíram para reduzir suas taxas", afirmou. A pandemia segue avançando no Interior e chegou ontem a 41,6% do total de casos e 30,1% de mortes pela Covid-19. O Interior tem 188.229 casos, um crescimento de 3% na média móvel entre esta semana e a semana anterior, e 6.200 mortes, aumento de 9% no período. Esse comportamento, segundo o coordenador executivo do Centro de Contingência do Combate ao Coronavírus no Estado, João Gabbardo, está dentro do esperado, ou seja, redução no ritmo diário da pandemia na Capital, e aumento no interior. A Capital chegou ontem a 173.710 casos confirmados e 9.098 mortes, mas a média móvel diária teve uma redução de 26% nos registros e de 18% em óbitos, quando comparada com a semana anterior. Campinas Campinas registrou 469 novos casos e 25 mortes nas últimas 24 horas e atingiu ontem a marca de 14.962 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade tem agora o registro de 603 mortes. Outros 699 casos suspeitos ainda estão sob investigação, assim como 27 óbitos. Campinas contava ontem com 470 pessoas internadas com a Covid-19 e 999 em isolamento domiciliar. A cidade registra, porém, 12.890 pessoas recuperadas da doença. Dos 25 mortos anunciados ontem, três não tinham comorbidades - doenças associadas - e cinco tinham menos de 60 anos.