EPIDEMIA

Campinas inicia Semana de Mobilização Contra a Dengue

Além das ações diárias de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, Saúde realizará mutirão no Parque Oziel e em mais sete bairros da região

Da Redação
19/11/2024 às 11:06.
Atualizado em 19/11/2024 às 12:14

Epidemia de dengue de 2024 é a pior da história da cidade de Campinas; população deve evitar acúmulo de água em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas, situação que favorece o desenvolvimento de criadouros do mosquito vetor da doença (Alessandro Torres)

Com 120.475 casos confirmados de dengue em 2024, que levaram a óbito 80 pessoas, Campinas iniciou ontem a Semana de Mobilização Contra a Dengue e outras Arboviroses. Ações específicas de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, serão realizadas durante toda a semana, até o dia 23 (sábado). A programação inclui trabalhos de conscientização em escolas, supermercados e um mutirão, no sábado, no Parque Oziel e em outros sete bairros da região.

Como o esforço conjunto do poder público e população precisa ser permanente para eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouros para o mosquito, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas, a Secretaria de Saúde reforçou que as intervenções diárias continuarão acontecendo. “É importante, ainda, vedar a caixa d'água e manter fechados vasos sanitários inutilizados”, orientou a Pasta.

O município vive a sua pior epidemia da doença desde 1998, quando teve início a série histórica. Em menos de quatro meses, a cidade contabilizou 65.808 casos contra os 65.754 de todo o ano de 2015, considerado o pior até 2024.

A PROGRAMAÇÃO

Na manhã de hoje serão repassadas orientações aos pacientes do Centro de Saúde Caravalho de Moura, que fica na Rua Celso Luglio, s/n, Parque Residencial Carvalho de Moura, por meio de maquetes. Amanhã, Dia da Consciência Negra, não haverá nenhuma ação especial por causa do feriado.

Já no dia 22, sexta-feira, das 9h às 10h e das 14h às 15h, haverá apresentação da montagem teatral "Todos contra a dengue" aos alunos do Centro de Educação Infantil (CEI) Adão Emiliano. No sábado, dia 23, das 8h às 12h, um estande informativo sobre arboviroses ficará exposto em dois hipermercados localizados na Avenida Ruy Rodriguez.

Também no sábado, das 9h às 12h, uma ação educativa com maquetes estará disponível ao público na entrada de um supermercado localizado na Rua Abolição, 2.013, bairro Ponte Preta. No mesmo dia, das 8h às 12h, a ação sobre dengue terá também informações sobre a febre maculosa. Nesse caso, a iniciativa acontecerá em um quiosque próximo à cascata desativada da Pedreira do Chapadão. Vale lembrar que além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é vetor da chikungunya e zika.

MUTIRÃO NO OZIEL

A principal ação da Saúde durante a semana de mobilização é o mutirão que será realizado no período das 8h às 12h do próximo sábado, 23, em oito bairros: Parque Oziel, Gleba B, Jardim Monte Cristo, Jardim do Lago 2, Jardim Santa Cruz, Bandeiras 1 e 2, e Jardim São José.

O trabalho será realizado por funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas. Os agentes usam camiseta laranja com gola careca e logo da empresa, enquanto o líder da equipe veste blusa verde com as mesmas características. Todos vestem calça na cor cinza e possuem crachá de identificação. Os voluntários usam um colete na cor laranja com a identificação e a frase "Campinas contra o mosquito’" Dúvidas sobre a identidade dos participantes podem ser esclarecidas com a Defesa Civil pelo telefone 199.

O mutirão contra a dengue é multissetorial e conta com o apoio das secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda. Guarda Municipal, Defesa Civil, da empresa Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) e da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

HISTÓRICO

Do começo do ano até agora, Campinas registrou 120.475 casos confirmados e 80 óbitos. A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos na cidade: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor.

O pico de transmissão foi entre 7 e 13 de abril. O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e características individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes e/ou outras condições clínicas especiais.

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

  

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