Prédio que era utilizado pela Polícia Militar no Jd. Santa Genebra foi escolhido pela Prefeitura para abrigar até 30 famílias desalojadas por enchentes, deslizamentos e incêndios a partir de 2025
No abrigo emergencial serão oferecidos alojamento, alimentação, banho e atendimento de assistência social; durante o verão, o poder público reforça a atenção para a possibilidade de emergências e catástrofes ocasionadas pelas tempestades, monitorando principalmente as áreas de risco (Kamá Ribeiro)
A Prefeitura de Campinas anunciou a criação de um abrigo emergencial voltado para o atendimento de famílias vítimas de catástrofes, como deslizamentos de terra, enchentes e incêndios. Com capacidade para abrigar até 30 famílias, o serviço vai funcionar no prédio da antiga 4ª Companhia do 8º Batalhão, no Jardim Santa Genebra, e deve estar disponível em 2025.
“Trata-se de uma medida estratégica para reforçar a resposta a desastres e emergências no município, garantindo acolhimento adequado às famílias em momentos de crise”, afirmou Vandecleya Moro, secretária de Desenvolvimento e Assistência Social.
O abrigo terá capacidade para receber até 30 famílias, funcionando como uma alternativa temporária enquanto os atingidos aguardam o auxílioaluguel. Atualmente, as pessoas em situações similares são encaminhadas ao Serviço de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Mendicante (Samim). O órgão é uma espécie de albergue emergencial em regime de proteção integral à população em situação de rua, oferecendo pernoite, alimentação, higiene pessoal e atendimento social.
No abrigo emergencial serão oferecidos alojamento, alimentação, banho e atendimento de assistência social.
OPERAÇÃO VERÃO
A Prefeitura também anunciou recentemente que a Operação Chuvas de Verão 2024/2025 tem início no próximo domingo, 1º de dezembro. A Operação reúne vários órgãos do poder público para atuar em situações de emergência e em desastres ocasionados pelos temporais. A princípio, ela vai até 31 de março de 2025, mas a data pode ser prorrogada ou antecipada conforme as condições meteorológicas exigirem.
A Operação Chuvas de Verão reúne vários órgãos do poder público para atuar em situações de emergência e desastres ocasionados pelos temporais. A estratégia utilizada pela Defesa Civil do município, que coordena o Comitê Municipal de Gestão de Risco e Desastres, visa mobilizar várias áreas para o enfrentamento dos eventos climáticos durante o período mais chuvoso do ano.
As medidas incluem o acompanhamento de índices pluviométricos e previsão meteorológica, com envio de alertas à população e aos órgãos responsáveis, vistorias em área mais vulneráveis a desastres e adoção de medidas antecipadas para reduzir os riscos.
De acordo com o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, a Operação Chuvas de Verão é um importante instrumento de gestão para enfrentar o período mais chuvoso do ano. “O plano elaborado pelo Comitê, além de ser padronizado com as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas, também contempla a atuação sistêmica entre todos os órgãos públicos e a comunidade em geral”, explicou.
Furtado destacou que durante a operação 2024/2025 o fechamento dos parques e bosques da cidade ocorrerá de forma regionalizada, assim que o volume de chuva ultrapassar 80 milímetros no acumulado de 72 horas.
O decreto sobre a Operação Chuvas de Verão também institui o Plano de Contingência. As ações do Comitê são balizadas de acordo com os níveis pluviométricos preestabelecidos pelo Sistema Integrado de Defesa Civil (Sidec). Para definição das ações, são considerados os níveis de chuva. Até 80 mm, é estado de observação, com acompanhamento dos índices pluviométricos. A partir de 80,1 mm entra em vigor o estado de atenção, com vistoria de campo nas áreas anteriormente identificadas. O estado de alerta é quando há vistoria de órgão técnico designado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) e a remoção preventiva da população das áreas de risco iminente indicadas pelas vistorias. Por fim, o estado de alerta máximo é quando há a necessidade de remover toda a população que habita áreas de risco, algo que também ocorre após vistoria técnica feita por órgão designado pela Cepdec.