COVID-19

Bares, academias, salões e parques reabrem neste sábado na nova etapa de flexibilização

Estabelecimentos poderão funcionar entre 11h e 19h, com 25% da capacidade. Cursos não regulares também têm retomada presencial com restrições

Raquel Valli
23/04/2021 às 16:40.
Atualizado em 21/03/2022 às 21:49
Parques, como a Lagoa do Taquaral, também reabrirão neste sábado (24) (Diogo Zacarias/ Correio Popular)

Parques, como a Lagoa do Taquaral, também reabrirão neste sábado (24) (Diogo Zacarias/ Correio Popular)

A segunda etapa da Fase de Transição do Plano SP começa neste sábado (24) e está prevista para durar até dia 30. Neste novo momento, serão reabertos bares, lanchonetes, restaurantes, barbearias, salões de beleza, academias de ginástica, clubes e parques. Também haverá a retomada presencial de cursos de educação não regulada, tais como de idiomas, informática e artes em geral. A capacidade de ocupação permitida será de 25% para todos os estabelecimentos. O horário de funcionamento será das 11h às 19h, com exceção das academias, que poderão abrir nos seguintes períodos: das 7h às 11h e das 15h às 19h.

O toque de recolher continua em vigência em todo o Estado, das 20h às 5h, assim como a orientação para o teletrabalho para as atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horário na entrada e saída das atividades do comércio, serviços e indústrias. "A fase de transição é necessária para que possamos dar passos seguros adiante, sem o risco de retroceder. O apoio da população neste novo momento da pandemia continua sendo fundamental. Não é hora de baixarmos a guarda", afirma o vice-governador Rodrigo Garcia.

Em termos econômicos, o doutor em economia pela Unicamp, Saulo Abouchedid, professor de pós-graduação da Facamp, explica que a reabertura traz um alívio para o caixa das empresas, principalmente para as que não conseguiram recorrer ao e-commerce e ao delivery. Ele observa, porém, que essa recuperação não será igual à verificada no segundo semestre do ano passado. "Agora será mais tímida. Primeiro, por causa do novo auxílio emergencial, que é menor, gerando um consumo menor nos próximos meses. Segundo, porque as famílias estão mais endividadas, e isso vai restringir também a demanda. E, terceiro, pela própria recuperação do mercado de trabalho. Agora há mais dificuldade para as pessoas encontrarem emprego, gerando menos recurso para consumir", explica.

Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a limitação de 25% da capacidade de atendimento e o horário de funcionamento até às 19h é insuficiente para o setor. A entidade toma como base o movimento nas fases utilizadas anteriormente, quando os estabelecimentos podiam receber até 40% de público. "As vendas nas fases laranja e amarela mostraram-se insuficientes para cobrir custos de reabertura", declara o presidente da Abrasel, Matheus Mason.

"Vivemos um momento muito grave, com 97% dos estabelecimentos sem recursos até para pagar os salários deste mês e de maio. Se não tivermos uma solução rápida para reabertura e ajuda dos poderes públicos, veremos milhares de quebras e demissões no setor até maio", alerta Mason. Na região de Campinas, o setor possui 35.556 empresas, que juntas movimentam R$ 5,9 bilhões por ano, além de gerar 60 mil empregos, antes da pandemia.

A expectativa com a reabertura traz um misto de alívio e incertezas para os comerciantes e funcionários. Isso é o que acontece, por exemplo, com a gerente do Grupo Vila Paraíso, Fernanda Barreira. "Estamos bem esperançosos com esta retomada, após cerca de 50 dias fechados. Mas ainda é cedo para fazer projeções de como será a adesão dos clientes e sobre movimento. Estas respostas somente vamos ter com o passar das semanas".

Segundo o diretor da Rede Lanchão, Roger Domingues, "nas outras fases, quando os shoppings podiam receber 40%, as vendas já foram ruins. Agora, com este limite ainda mais restritivo, as previsões são ainda piores". A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e demais entidades do setor se reuniram virtualmente ontem com o governador João Doria. Apresentaram propostas para tentar reduzir os graves impactos da crise. Pleitearam que nenhuma categoria do comércio volte a fechar, e que alternativas sejam encontradas caso haja uma regressão no Plano SP.

Pediram ainda que a definição do horário de funcionamento das lojas compreenda as realidades locais, considerando que cada região tem uma característica e dinâmica. A proposta é para a criação de microrregiões dentro do plano de retomada. Solicitaram igualmente a ampliação do horário de funcionamento nestas semanas que antecedem o Dia das Mães.

"Outras reivindicações apresentadas foram a postergação do pagamento de impostos, principalmente das micro e pequenas empresas, e a criação de programa de recuperação fiscal, um refis, principalmente para os débitos acumulados durante o período de pandemia, além da manutenção das modalidades delivery e take away, em qualquer circunstância. Esta última demanda foi prontamente atendida pelo governador,", afirma Zulmiro José Furlan, segundo vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

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