Prefeitura divulgou a foto do momento que a banca foi retirada; dono terá 30 dias para resgatar a estrutura e terá que pagar uma multa (Divulgação)
Para dar continuidade nas obras de revitalização da Rua José Paulino, no Centro, a Serviços Técnicos Gerais (Setec), autarquia da Prefeitura Municipal de Campinas responsável pela administração e fiscalização do comércio em solo público, retirou na quarta-feira, próximo à esquina com a Avenida Benjamin Constant, uma banca que estava inativa. A operação contou com o apoio da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).
Além disso, havia também queixas de moradores e comerciantes alegando que a banca estava sendo utilizada como ponto de venda de drogas e abrigo para pessoas que estão em situação de rua. O permissionário da banca já não atuava no estabelecimento há mais de dois anos. Ele foi notificado a retomar as atividades, o que não ocorreu, possibilitando a retirada da estrutura. A banca agora fica disponível por 30 dias para que o proprietário possa resgatá-la. Para isso, ele deverá pagar uma multa cujo valor corresponde a 20% do preço de mercado da banca.
Atualmente, as obras de requalificação da Rua José Paulino, que, assim como a Campos Sales, faz parte da requalificação do Centro da cidade, consistem na implantação do novo calçamento de piso intertravado e das rotas acessíveis. A gestão da obra é da Emdec e da Secretaria de Transportes (Setransp). Os trabalhos são realizados pela Comercial e Construtora Fênix Ltda.
A substituição do piso avançará por trechos até a Av. Dr. Moraes Salles, pelo lado esquerdo. O lado direito, onde estão os abrigos de ônibus, receberá o intertravado na sequência. O piso intertravado é composto por blocos de concreto pré-moldados. Sua superfície é antiderrapante, o que garante mais segurança na circulação de pedestres. O modelo adotado na José Paulino possui borda reta, minimizando a trepidação de cadeiras de roda e ampliando as condições de acessibilidade. Ele apresenta maior durabilidade e é considerado sustentável porque permite que a água escoe e seja absorvida com mais facilidade.
A requalificação da Rua José Paulino prevê ainda acesso seguro e prioritário para pedestres, ciclistas e usuários do transporte coletivo. A iniciativa integra o projeto de Rua Completa e está inserido dentro do Programa Revivacidade.
A OBRA
A revitalização da via terá investimento total de R$ 4,4 milhões, e as obras foram iniciadas no final do passado. A previsão é que a nova José Paulino fique pronta no final de 2024. A via pública é um ponto estratégico para a requalificação do Centro e deve servir de modelo e indutor para a cidade. As obras ainda contemplam o recape e a regularização do pavimento asfáltico, nova sinalização horizontal e vertical, substituição do pavimento das calçadas por piso intertravado e implantação de piso podotátil e botoeiras sonoras.
Serão implantadas seis novas paradas de ônibus com abrigos. Duas das paradas terão plataformas elevadas. O local também receberá novo mobiliário urbano, como bancos, lixeiras, paraciclos e floreiras com vegetação.
Para diferenciar o pavimento, o piso intertravado será implantado de duas formas: com paginação “espinha de peixe” na faixa de circulação e de “fileira” nas faixas de serviço.
A região também ganhará rampas de acessibilidade. O piso podotátil implantado indicará as rotas acessíveis. As áreas de paradas de ônibus serão delimitadas, e os abrigos serão no padrão “Glicério”. Para a implantação deles, e para melhorar as condições para caminhada, haverá o alargamento da calçada. Entre as ruas Treze de Maio e Costa Aguiar, o pavimento será nivelado na altura da calçada, proporcionando a fluidez no “calçadão”. O nivelamento também tem o objetivo de diminuir a trepidação na Catedral Metropolitana, protegendo o patrimônio histórico.
As vagas de táxis serão realocadas junto à Praça Rui Barbosa, do lado esquerdo da via. Haverá abrigo para atender os taxistas. A praça também receberá mobiliário urbano de apoio, bancos, floreiras e paraciclos. O limite de velocidade na via também será reduzido para 40 km/h. Os trabalhos serão executados em 835 metros, nas nove quadras da via.
CAMPOS SALES
A primeira fase das obras de requalificação da Avenida Campos Sales, que tiveram início em janeiro do ano passado como parte do Plano de Requalificação da Área Central de Campinas (PRAC) e de Resgate de Espaços Públicos, chegou ao fim. Nesta etapa da obra, realizada pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a via recebeu nova pavimentação, uma faixa exclusiva com piso rígido (que tem grande capacidade de absorver o peso dos veículos) para os ônibus e novos abrigos para os pontos de parada, no mesmo estilo daqueles empregados na Avenida Francisco Glicério. Todas as placas e pinturas no solo também foram refeitas.
No final de março, sob o encargo da Secretaria de Serviços Públicos, começou a implantação do projeto paisagístico da avenida. Essa etapa, de acordo com a Prefeitura, só pôde começar naquele momento em virtude do término das obras de readequação. Mudas, plantas, novas lixeiras e bancos já foram comprados e os vasos receberão as plantas assim que elas estiverem prontas para o replantio.
Segundo a Prefeitura, quando o paisagismo começar a ser implantado, cerca de cinquenta das esferas colocadas para separar o espaço destinado os ciclistas daquele reservado aos automóveis serão substituídas por floreiras. As demais, no entanto, deverão continuar no mesmo local onde hoje se encontram, uma vez que, de acordo com a Administração, “os motoristas já estão se habituando a elas”.
Além das já reformas já citadas, a Emdec construiu na Campos Sales baias de estacionamento para facilitar o acesso ao comércio da região e refez toda a iluminação com lâmpadas de LED, também usadas nos novos semáforos instalados. A Campos Sales passou ainda por obras de geometria para redesenhar a sua configuração e ganhou uma ciclofaixa. Ao lado dela, estão instaladas as esferas que separam o espaço dos ciclistas e dos veículos.
A Emdec disponibilizou também um novo calçamento utilizando piso intertravado (indicado para áreas de alto tráfego) e passeios com piso podotátil (utilizado em áreas de grande circulação para guiar pessoas com deficiência), bem como novas rampas que priorizam a acessibilidade e o enterramento dos cabos de telefonia e internet existentes no local, “dando um visual mais limpo à avenida”, segundo a empresa.
As obras contaram com investimentos da ordem de R$36 milhões, sendo R$6 milhões de recursos municipais, R$14 milhões da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp) e R$16 milhões da CPFL Paulista.
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