Oito catracas já foram instaladas no Terminal Central e entrarão em operação em até dois meses (Kamá Ribeiro)
Dentro de 30 a 60 dias, o Terminal Central — o maior do transporte coletivo de Campinas e previsto para ser privatizado — terá todas as entradas fechadas, por meio de catracas, para evitar a circulação de pessoas que não estejam utilizando o transporte coletivo. O prazo foi divulgado ontem pelo presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Vinícius Riverete, ao participar da entrega da requalificação do Terminal Lázaro de Campos Faria, no Distrito de Barão Geraldo, como parte das comemorações dos 248 anos da cidade.
Em maio, foram instaladas quatro catracas nas entradas de acesso pela Avenida Moraes Salles e Rua Álvares Machado, e outras quatro na ligação com a Estação Cultura.
De acordo com Riverete, as obras no Terminal Central, onde operam 40 linhas que transportam cerca de 95 mil passageiros por dia, encontram-se em fase final, estando já concluídas a troca de pavimento e a instalação de grama.
O fechamento contará com dispositivo de reconhecimento facial (biométrico) para inibir o uso irregular de benefícios tarifários. Com o funcionamento das catracas no Centro, os quatro maiores terminais de Campinas passarão a operar com acesso restrito. Os outros são o de Barão Geraldo, Campo Grande e Ouro Verde. Segundo o presidente da Emdec, a revitalização do espaço, que inclui o fechamento com catracas, visa “oferecer mais conforto, comodidade e segurança para os usuários do transporte coletivo”.
A reforma abrange ainda a instalação de novos bancos, pontos para recarga de celulares e troca de sinalização. As catracas permitirão que a empresa conheça com exatidão o número de passageiros que passam diariamente pelo local.
Privatização
Os estudos para privatização de 58 estruturas do transporte coletivo de Campinas tiveram início em fevereiro e foram prorrogados este mês pela terceira vez. O trabalho está sendo feito pela empresa Socicam, permissionária do Terminal Rodoviário de Campinas e líder nacional na gestão de terminais de passageiros rodoviários e urbanos, atuando ainda em aeroportos, portos, centrais de atendimento ao cidadão e centros comerciais. Ela atua em 150 empreendimentos, entre contratos de concessão e de prestação de serviços, incluindo o Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo, o maior do Brasil.
De acordo com a Emdec, a privatização incluirá 36 estações do BRT, oito terminais desse sistema, outros terminais convencionais e seis estações de transferência de passageiros.
O estudo de transferência para a iniciativa privada inclui levantamentos de modelagem técnica, operacional, econômico-financeira e jurídica. A futura concessionária será responsável pela gestão e manutenção das estruturas.
Segundo a Prefeitura, a revitalização do Terminal de Barão Geraldo custou R$ 750,6 mil, provenientes de contrapartidas de Termos de Acordo e Compromisso (TAC) assinados. As obras incluíram troca de sinalização, instalação de bancos, pontos de recarga de celular, revisão elétrica e reforma de banheiros tanto dos passageiros quanto dos funcionários. Foram construídos ainda nova caixa d´água, fraldário e banheiros para portadores de necessidades especiais.