‘VIVA CAMPOS SALES’

Após paralisação, obras na Campos Sales retornam parcialmente

Prefeitura informou o reinício dos trabalhos na quarta-feira; intervenções de maior impacto serão retomadas apenas na próxima segunda-feira (8)

Da Redação
04/01/2024 às 09:03.
Atualizado em 04/01/2024 às 09:03
Segundo a Administração, os passeios seguem livres para a circulação de pedestres durante a primeira semana de janeiro; obras estavam paralisadas devido à maior movimentação do comércio no final do ano (Rodrigo Zanotto)

Segundo a Administração, os passeios seguem livres para a circulação de pedestres durante a primeira semana de janeiro; obras estavam paralisadas devido à maior movimentação do comércio no final do ano (Rodrigo Zanotto)

As obras do projeto “Viva Campos Sales”, de requalificação da Avenida Campos Sales, no Centro de Campinas, foram retomadas parcialmente na quarta-feira (3). Elas estavam paralisadas por um curto período devido às festividades do final do ano, época em que o movimento do comércio aumenta consideravelmente, principalmente na área central da cidade. De acordo com a Prefeitura, os trabalhos reiniciaram sem a presença de maquinário, com acabamento em trechos das calçadas. Ao longo desta primeira semana de janeiro, os passeios seguem livres para circulação dos pedestres. Essa etapa da obra foi mantida durante o mês de dezembro e teve uma pausa durante o período de festas de Natal e Ano-Novo.

As intervenções no viário de maior impacto serão retomadas na próxima segundafeira, 8 de janeiro. Serão realizados trabalhos de recape no lado esquerdo da via, no trecho entre a Senador Saraiva e a Francisco Glicério.

As obras foram iniciadas em janeiro de 2023, com prazo de conclusão de um ano, portanto ainda neste mês. Segundo a assessoria de imprensa da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), responsável pela obra, antes da pausa 70% das obras de revitalização da via pública já haviam sido concluídas, sobretudo as intervenções consideradas mais pesadas, como infraestruturas para as redes subterrâneas elétrica, de telecomunicações, semafórica e de iluminação pública.

As obras que impactam a via foram suspensas pela Emdec no dia 15 de dezembro para minimizar os impactos ao comércio durante as compras natalinas. A suspensão atendeu a um pedido da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

FASE FINAL

Ao longo do mês de janeiro, a Avenida Expedicionários receberá reconfiguração geométrica e requalificação das calçadas, e o trecho entre a Rua Lidgerwood e a Avenida Andrade Neves terá requalificação asfáltica, das calçadas e da iluminação pública, no mesmo padrão adotado no restante da via. Também haverá a finalização da instalação dos abrigos na aproximação da Rua Álvares Machado. No trecho posterior à Senador Saraiva, será feita a implantação de ciclofaixa, sinalização horizontal (solo) e vertical (placas) e de balizadores de tráfego. A etapa final também contempla trabalhos de paisagismo e implantação de mobiliário urbano (floreiras), bem como mais câmeras de monitoramento.

Ao longo de toda a via, os postes da antiga rede aérea de energia e telecomunicações foram retirados e a avenida já funciona com as novas redes subterrâneas elétrica, de telecomunicações e de iluminação pública. No trecho desde a Andrade Neves até a Francisco Glicério, já estão ativos os novos postes de iluminação LED e haverá complementação em alguns pontos. Os trabalhos de fresa e requalificação asfáltica foram concluídos no trecho entre a Andrade Neves e a Senador Saraiva, com sinalização horizontal, e realizados parcialmente entre a Senador e a José Paulino.

Também houve a fixação de calçamento e instalação de semáforos e abrigos de ônibus padrão "Glicério". A implantação de pavimento rígido da faixa exclusiva de ônibus foi praticamente concluída e foi iniciada a sinalização cicloviária no trecho entre a Onze de Agosto e a Senador Saraiva.

Com 920 metros de extensão, a Avenida Campos Sales liga a Avenida Francisco Glicério ao Pátio Ferroviário.

O projeto "Viva Campos Sales" foi lançado em dezembro de 2021 e prevê uma série de mudanças na via, que buscam priorizar a mobilidade ativa e sustentável, a acessibilidade e a segurança na via. A proposta integra o Plano de Requalificação da Área Central de Campinas (PRAC) e de Resgate de Espaços Públicos. As obras têm investimento de R$ 36 milhões, sendo R$ 6 milhões de recursos municipais, R$ 14 milhões da Telcomp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) e R$ 16 milhões da CPFL Paulista.

O projeto é conduzido pela Emdec, em parceria com as secretarias de Serviços Públicos, Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Urbanismo, Finanças, Infraestrutura, Trabalho e Renda e Assistência Social. Envolve ainda a Setec, a CIMCamp, a IMA, a Sanasa, além dos parceiros privados CPFL, Telcomp, Acic e Comgás. Ao final das obras, a avenida terá mais mobilidade, com a ampliação dos passeios, faixa exclusiva para ônibus à esquerda e novos abrigos, baias de estacionamento, requalificação dos pavimentos das pistas e calçadas. A via também terá mais segurança com nova iluminação pública e de monumentos, nova sinalização semafórica, mais câmeras de monitoramento e a velocidade máxima permitida mantida em 40 km/h. As áreas para mobilidade ativa (pedestres e ciclistas) e paisagismo e mobiliário, serão ampliadas em 50%, já as vagas de estacionamento em 107%.

JOSÉ PAULINO

Outra obra de revitalização da área central que parou no final do ano é a da Rua José Paulino, que no final do ano passava por etapas de topografia e sondagem de solo. Os trabalhos foram pausados no dia 20 de dezembro, também com retomada prevista para dia 8 janeiro, de acordo com o que foi informado pela assessoria de imprensa da Emdec. As obras na Rua José Paulino, cuja intervenção foi batizada de Projeto Rua Completa, também parte do Programa Revivacidade, receberão investimentos de R$ 4,4 milhões da Secretaria Municipal de Transportes. A duração estimada também é de 12 meses.

Nesta etapa preliminar, a empresa contratada realiza vistorias técnicas para finalização do projeto geométrico, que inclui mapeamento das redes subterrâneas existentes (água e esgoto). Não haverá interdições viárias, nem impactos na circulação. Ao final dessa etapa, a Emdec receberá e aprovará o projeto. Na sequência, será definida a data de início das obras no viário. Em dezembro, a empresa contratada concluiu o levantamento topográfico e a sondagem de solo.

O projeto prevê acesso seguro e confortável para pedestres, ciclistas e usuários do transporte coletivo. Privilegia o resgate do espaço público para as pessoas e o caminhar com segurança. Durante o lançamento das obras, o prefeito enfatizou as melhorias na circulação de ônibus do transporte público, a instalação de uma ciclofaixa, dando mais segurança aos ciclistas, que será integrada à ciclofaixa da Avenida Campos Sales, além de melhorias no mobiliário urbano, com uma rua totalmente requalificada. “Eu tenho certeza que com essa obra estamos ampliando a requalificação do centro da cidade”, pontuou o prefeito na ocasião.

A Rua José Paulino é um ponto estratégico para a requalificação do Centro de Campinas e servirá de modelo para a cidade. Levantamento realizado pela Emdec, em 2017, apontava a circulação de 21 mil pedestres por dia. Na via circulam, diariamente, 33 linhas do transporte coletivo municipal e outras nove linhas intermunicipais. Somente do transporte municipal são 183 ônibus, com várias viagens pela via.

O limite de velocidade na via será reduzido para 40 km/h. Os trabalhos serão executados em 835 metros, nas nove quadras da via. A José Paulino atravessa o “Rótula”, o Corredor Central formado pelas vias Moraes Salles, Irmã Serafina, Anchieta, Orosimbo Maia e Senador Saraiva. A via forma um sistema binário (uma vai e outra volta) com a Avenida Francisco Glicério. A Rua José Paulino faz cruzamento com vias importantes, como Benjamim Constant, Campos Sales, Treze de Maio (Calçadão).

A requalificação da via contempla recape e regularização do pavimento asfáltico, nova sinalização horizontal e vertical, substituição do pavimento das calçadas por piso intertravado e implantação de piso podotátil, além de botoeiras sonoras nos semáforos.

Serão implantadas seis novas paradas de ônibus com abrigos. Duas das paradas terão plataformas elevadas. O local receberá novo mobiliário urbano, como bancos, lixeiras, paraciclos e floreiras com vegetação. Para diferenciar o pavimento, o piso intertravado será implantado de duas formas: com paginação “espinha de peixe” na faixa de circulação e de “fileira” nas faixas de serviço.

A região também ganhará rampas de acessibilidade e implantação de piso podotátil indicando as rotas acessíveis. As áreas de paradas de ônibus serão delimitadas. Os abrigos serão do padrão “Glicério”. Para a implantação dos abrigos e para melhorar as condições do caminhar, haverá o alargamento da calçada.

Entre as ruas Treze de Maio e Costa Aguiar, o pavimento será nivelado na altura do passeio (calçada), proporcionando a fluidez no “calçadão”. O nivelamento também tem o objetivo de diminuir a trepidação na Catedral Metropolitana, protegendo o patrimônio histórico. As vagas de táxis serão realocadas junto à praça Rui Barbosa, do lado esquerdo da via. Haverá abrigo para atender os taxistas. A praça também receberá mobiliário urbano de apoio, bancos, floreiras e paraciclos.

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