O prefeito Jonas Donizette conversa com Geraldo Alckmin, candidato à Presidência, no Centro de Campinas (Thomaz Marostegan/Especial para AAN)
Candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não se mostra abalado pelo resultado das últimas pesquisas, que o colocam apenas na 4ª posição, atrás, respectivamente, de Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), que lideram as intenções de voto. Segundo o ex-governador de São Paulo, 23% do eleitorado ainda não decidiram em quem vão votar. Além disso, o tucano acredita que muitos brasileiros podem mudar de opinião nesta semana, consequentemente possibilitando a sua participação em um provável segundo turno. Alckmin caminhou no início da tarde desta segunda-feira, pela Rua 13 de Maio, via que concentra o comércio na região central de Campinas. Cercado por apoiadores e cabos eleitorais, ele declarou que todos os indicadores têm assinalado crescimento na sua campanha. “As viradas ocorrem agora, nos últimos dias. Estamos superanimados”, salientou. Sobre as prioridades caso seja eleito, o tucano destacou ações a serem realizadas na Saúde. Entre as medidas a serem tomadas, Alckmin prometeu reabrir os aproximadamente 30 mil leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) que foram fechados nos últimos anos. Nesse contexto, ele informou também sua intenção em estender em nível Brasil o programa Recomeço, do Estado de São Paulo, que em sua concepção é um sucesso na prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários de drogas. “Iremos ajudar as famílias que estão passando por esse drama de ter um jovem com dependência química”, ressaltou. Dissidentes Questionado sobre os tucanos que estão declarando apoio a Bolsonaro, em um eventual segundo turno, especificamente sobre um grupo criado em uma rede social, intitulado Tucanos com Bolsonaro, Alckmin preferiu ser discreto e afirmou que não haverá punições. “Não vamos nos preocupar com isso. O eleitor é quem vai decidir. A nossa mensagem é para os eleitores. O Bolsonaro está caindo e o Haddad parou de crescer”, reforçou, acrescentando que “a eleição está em aberta”. “O radicalismo é o caminho da insensatez”, ponderou ao analisar seus concorrentes, antes de contextualizar que os brasileiros e o País já têm problemas demais e um presidente que gere outros é inadmissível. Alckmin analisa que o Estado é um mau gestor e, por isso, defende algumas privatizações, que não envolvam o Banco do Brasil, a Caixa e a Petrobras. O tucano é a favor também de algumas reformas, entre elas, na Previdência Social. Para o candidato, os privilégios do setor público precisam acabar e o caminho é promover um sistema igualitário para todos os setores. No caso, um teto geral e um regime de capitalização seriam estipulados. Alckmin almeja a criação de uma Guarda Nacional como polícia militar federal, composta por homens e mulheres que encerrarem o serviço militar obrigatório, porém, sem o desejo de seguir carreira.