Uma ação de vacinação contra a gripe foi realizada ontem pela Prefeitura de Campinas, na Igreja Presbiteriana do Parque Industrial, entre às 8h e 16h. A expectativa era de vacinar ao menos 400 pessoas. Segundo a enfermeira coordenadora, Carolina Silva Rodrigues Médola, a prioridade era o atendimento dos grupos da primeira e segunda fase da campanha: os idosos, trabalhadores da educação, crianças entre seis meses e menores de seis anos, gestantes, puérperas, profissionais de saúde e indígenas. Ontem, os que mais compareceram foram os idosos. “Com certeza eles são os mais presentes. É um dos grupos mais preocupados com a pandemia, a Influenza e também com a saúde em geral”, afirmou Carolina. De acordo com a enfermeira, nas últimas semanas foi possível observar um aumento na procura dos profissionais da saúde para receber o imunizante. Entretanto, eles ainda são o grupo que menos aderiu à campanha contra a gripe, até o momento. “Também continua baixa a cobertura vacinal das crianças, gestantes e puérperas. Acredito que o medo da pandemia, de sair de casa e se expor ao novo coronavírus, possa ter contribuído para a pouca adesão dessas pessoas”, avaliou a profissional de saúde. Nos anos anteriores à pandemia, a ação de vacinação contra a gripe costumava aplicar até 1 mil doses no dia, de acordo com a enfermeira. Mas este ano, a expectativa de imunização diminuiu. “Como as pessoas precisam esperar 14 dias entre a vacina da covid-19 e a da gripe, acredito que vamos conseguir aplicar no máximo 400 doses neste sábado”, informou Carolina. A coordenadora ressaltou que, com a proximidade do inverno, os casos de H1N1 e de Influenza A e B aumentam, por isso é importante que todos que são alvos da campanha se imunizem o quanto antes, como forma de prevenção. De acordo com a Prefeitura de Campinas, até a última quinta-feira foram vacinadas contra a Influenza, 72.070 pessoas. Foram imunizadas 56% das puérperas (1.007 doses), 44,1% das crianças (35.184 doses), 41,4% das gestantes (4.529) e 35,7% dos trabalhadores da saúde. A vacinação dos idosos e de profissionais da educação teve início no dia 11 de maio. Por enquanto 5,8% dos idosos (11.988) e 4,7% dos trabalhadores da educação (626) receberam a dose contra a gripe. A professora Teresa Cristina Fabri Simões, de 32 anos, garantiu a sua dose e a da filha, Eva Fabri Simões de um ano, contra a Influenza. Teresa explicou que, durante a semana, devido à rotina de trabalho, não conseguiu se imunizar, por isso, a ação no sábado para ela foi essencial. “Como mãe e profissional da educação é importante garantir o imunizante contra a influenza o quanto antes. A gente sabe que a covid-19 está por aí, e com a precariedade da vacinação para essa doença, precisamos garantir a proteção que está disponível. Todos precisam se cuidar o melhor possível”, afirmou. A química e profissional da área da educação, Aletheia Martini, de 44 anos, levou a avó para se vacinar e também garantiu a própria dose. “É essencial recorrer às formas de proteção que dispomos. Diante de tudo o que estamos vivendo, quanto menos ficarmos doentes e irmos a hospitais, melhor. É uma forma de garantir também uma menor exposição à covid-19, de certa forma”, explicou Aletheia.