CAMPINAS, 249 ANOS

A força da indústria no ‘DNA de Campinas’

14/07/2023 às 11:15.
Atualizado em 14/07/2023 às 11:15
O Ciesp Campinas tem sido testemunha e protagonista do desenvolvimento do município (Divulgação)

O Ciesp Campinas tem sido testemunha e protagonista do desenvolvimento do município (Divulgação)

A história nos conta que com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a cidade "agrária" de Campinas assumiu uma fisionomia mais industrial e de serviços. No plano urbanístico, a cidade recebeu o Plano Prestes Maia (1938), um amplo conjunto de ações voltado a reordenar suas vocações urbanas. 

Campinas passou a concentrar uma população mais significativa, constituída de migrantes e imigrantes, procedentes das mais diversas regiões do estado, do País e do mundo. Esse contingente populacional, chegava à Campinas atraído pela instalação de um novo parque produtivo, composto de fábricas, agroindústrias e estabelecimentos diversos. 

Entre as décadas de 1930 e 1940, Campinas passou a vivenciar um novo momento histórico, marcado pela migração e pela multiplicação de bairros nas proximidades das fábricas, dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantação, como a Anhanguera (em 1940), Bandeirantes (1979) e Santos Dumont (década de 1980).

Dentro desse contexto de crescimento do parque industrial do município, a data de 16 de dezembro de 1949 marca a fundação da Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A ‘Casa da Indústria’ dava seus primeiros passos na emergente Campinas, então também denominada Princesa D’Oeste, pelo seu rápido desenvolvimento econômico, registrado nas primeiras décadas dos anos 1900.

Essa força econômica gerou indústrias, que se tornaram grandes ícones. Nascidas ou instaladas em Campinas, todas elas são símbolos de uma trajetória industrial que já orgulhavam as gerações passadas e ensinaram às gerações futuras. “A máquina de costura gigante, o enorme botijão de gás, as indústrias de locomotivas e de fogões, as fábricas de doces, de óleos de cozinha e de macarrão e a chegada também de grandes marcas multinacionais. Todas essas indústrias sedimentaram ao longo dessas décadas, um parque industrial, reconhecido nacionalmente e mundialmente como um dos mais avançados”, atesta o diretor titular do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa. 

Buscando nos registros históricos ou pela memória, outras tantas indústrias dos mais diversos segmentos, serão também lembradas e enaltecidas por fazerem parte da memória afetiva de muitos, nascidos nessa terra ou que por aqui aportaram e adotaram Campinas.

Nas décadas mais recentes, Campinas caminharia para se tornar o principal centro de alta tecnologia do Brasil. Esse salto tecnológico se deu graças a uma conjunção de fatores. Desde o parque de universidades, institutos e centros dedicados à pesquisa e desenvolvimento, até ações de entidades de classe públicas e privadas, poder público e comunidade organizada. A Regional Campinas do Ciesp é parte integrante e atuante nessa trajetória do desenvolvimento econômico do município, que por ser polo regional, expande suas ações para toda a região metropolitana.

Focando na atualidade, os números de Campinas são gigantes e atestam a sua vocação de proa no cenário nacional. O PIB da cidade de Campinas é de US$ 18,8 bilhões. Entre as 500 maiores empresas do mundo, 50 têm filiais na Região Metropolitana de Campinas. Isso para ficarmos em apenas dois exemplos.

Nesses 249 anos de aniversário de Campinas, a memória histórica registra a contribuição dos industriais para a grandeza dessa metrópole, responsáveis pela expansão desse parque industrial pujante. 

A força da indústria está definitivamente no DNA de Campinas!

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