PROTESTO

Alckmin é vaiado em visita a Ribeirão Preto

Alunos da USP e mães funcionárias do Hospital da Clínicas mostraram faixas contra o governador

Guto Silveira
igpaulista@rac.com.br
20/03/2013 às 20:10.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:47
Governador enfrentou protestos na porta da FAAP, na Zona Sul de Ribeirão (Sérgio Masson/AAN)

Governador enfrentou protestos na porta da FAAP, na Zona Sul de Ribeirão (Sérgio Masson/AAN)

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentou, nesta quarta-feira (20), um protesto duplo em frente à FAAP, onde fez uma palestra e anunciou obras para Ribeirão Preto. Ele não chegou a falar com os manifestantes e falou apenas sobre um dos protestos, durante a palestra no interior da faculdade.

Cerca de 80 alunos de Medicina da USP protestaram contra o reitor da universidade, João Grandino Rodas, e a escolha dele pelo diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, segundo mais votado na lista tríplice. O mais votado pelos professores, alunos e funcionários foi Luiz Ernesto de Almeida Troncon.

Já as mães funcionárias do Hospital das Clínicas protestaram contra a redução no atendimento do Centro de Convivência Infantil (CCI) do HC. Alegando cumprir determinação de lei federal, a creche do hospital passou a atender apenas filhos de funcionárias com até um ano de idade. Os demais vão para creches conveniadas.

Em sua fala para um auditório lotado, Alckmin disse apenas que as universidades paulistas ganharam autonomia financeira, administrativa e pedagógica na Constituição Paulista de 1989 e, por isso, não há interferência do governo estadual nas escolhas. “Se o reitor da USP quiser abrir um novo curso ou dar aumento para os servidores, ele pode. Eu, para aumentar R$ 100 nos salários dos servidores, preciso enviar projeto de lei à Assembleia Legislativa”, disse.

Ele explicou ainda que o estatuto prevê que é prerrogativa do reitor escolher um nome da lista tríplice. “Aqui na Faculdade de Medicina foi escolhido o segundo mais votado e os alunos não gostaram”, disse, reafirmando que as universidades paulistas têm vida própria. Sobre a manifestação pela manutenção do CCI o governador não se pronunciou.

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