Cinco pessoas -quatro funcionários eleitorais e um deputado- foram sequestrados neste sábado por homens armados em Tessalit, na região de Kidal (nordeste do Mali), indicou à AFP uma autoridade local.
"Quatro agentes eleitorais e um deputado de Tessalit, todos de nacionalidade malinense (...), foram sequestrados neste sábado por homens armados" nesta cidade, cerca de 200 km ao norte de Kidal, declarou.
Segundo ele, "o grupo estava reunido na prefeitura de Tessalit para organizar a distribuição dos cartões de eleitor" para o primeiro turno das eleições presidenciais, marcadas para 28 de julho.
"O governador está reunido com seu gabinete em Kidal para decidir quais providências devem ser tomadas", acrescentou a autoridade.
Uma fonte militar africana confirmou o sequestro, sem dar mais detalhes sobre o número de reféns.
A identidade dos sequestradores ainda é desconhecida.
"Tudo leva a crer que este é um ato do MNLA (Movimento Nacional de Libertação de Azawad, rebelião Tuareg) que não quer a realização das eleições", declarou um funcionário do ministério da Segurança.
O MNLA controlava desde fevereiro a região de Kidal até a assinatura, em 18 de junho, de um acordo em Burkina Faso entre as autoridades do Mali, o MNLA e um outro grupo de tuaregues armados.
Este acordo permitiu a saída da cidade de Kidal dos combatentes do MNLA, paralelamente à chegada em 5 de julho de 150 soldados do Mali.
O Mali se prepara para o primeiro turno das eleições presidenciais, na esperança de iniciar um processo de reconciliação e restaurar a ordem constitucional interrompida por um golpe de Estado em março de 2012, e após a intervenção do Exército francês em janeiro de 2013 para expulsar islamitas que ocupavam o norte do país.