Luis Zubeldía invadiu o campo assim que o árbitro apitou o fim do jogo com o Grêmio para comemorar a vitória sofrida diante do São Paulo, por 1 a 0. Celebrou ao lado do time e com a torcida, dando demonstração que está totalmente focado no clube. Na entrevista coletiva, o treinador explicou o motivo de não ter aceitado a proposta para assumir a seleção equatoriana e aproveitou para pedir reforços à diretoria após perdas de Diego Costa, negociado, e Alisson, com fratura no tornozelo.
O técnico argentino fez grandes trabalhos no comando de Barcelona de Guayaquil e LDU, equipes equatorianas, e tem enorme prestígio no país. A Federação Equatoriana de Futebol o procurou para substituir o espanhol Feliz Sánchez, que saiu após a queda na copa América, mas ele optou por honrar o compromisso com o São Paulo.
"A decisão (de ficar) é pelos meus valores, me sinto bem aqui, querido", afirmou. "Sei que isso é futebol, os resultados são importantes e sempre defendi os meus clubes à medida que fui ganhando experiência. Eu vivo o futebol como vocês veem, se quero brigar com o árbitro, eu brigo, se quero ficar sentando no banco, eu faço isso", continuou. "Eu gosto de desafios importantes, de pressão. E o São Paulo dá isso."
Após as juras de amor ao São Paulo, o técnico ainda explicou que busca mudar algumas "regras" no futebol. "A decisão de ficar não tem só a ver com São Paulo, mas com o respeito à profissão", enfatizou. "O que falei com a diretoria foi que penso no São Paulo e fico no São Paulo. Não me permitiria sair de um clube como esse. Estou contente de estar aqui e estar vivendo, rodada a rodada, jogos dramáticos, intensos e os que vocês já sabem."
Em dia de vitória dramática e subida para o G-4, com 30 pontos, Zubeldia recebeu algumas notícias ruins. A venda de Diego Costa foi a primeira, mas ele ainda deve perder Welington e o jovem Juan para o futebol inglês. Para piorar, Alisson fraturou o tornozelo direito e ela já não vinha contando com Pablo Maia. Diante de tantos desfalques, pediu reforços à direção.
"Necessitamos de jogadores urgente e os dirigentes sabem disso. Não é sobre ter opções no elenco, temos muitos volantes, mas que não jogam na posição (do Alisson)", cobrou, ciente que são poucos os segundos volantes que atuam como Alisson, com dinamismo em defender e atacar. Também tem buracos na defesa com a saída de Diego Costa. "Temos de fazer algo."