Os sinais de deflação estão se tornando mais prevalentes em toda a China, aumentando a pressão sobre o país para reacender o crescimento ou correr o risco de cair em uma armadilha econômica da qual dificilmente escapará.
Enquanto o resto do mundo luta contra a inflação, a China corre o risco de experimentar um período prolongado de queda de preços que - caso se enraíze - pode corroer os lucros corporativos, minar os gastos do consumidor e tirar mais pessoas do mercado de trabalho. Seus efeitos poderiam se espalhar por todo o mundo, diminuindo os preços de alguns produtos que países como os EUA compram da China, mas também privando as economias da importante demanda chinesa por matérias-primas e bens de consumo.
Os preços cobrados pelas fábricas chinesas vêm caindo há meses. Os preços ao consumidor, por sua vez, ficaram estáveis, com os preços de certos produtos - incluindo açúcar, ovos, roupas e eletrodomésticos - agora caindo mês a mês em meio à demanda fraca.
A maioria dos economistas acredita que a China provavelmente evitará um período profundo e duradouro de deflação. Sua economia está crescendo, embora lentamente, e o governo revelou uma variedade de pequenas medidas de estímulo que podem ajudar mais. No início de julho, Liu Guoqiang, um funcionário do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), rejeitou as preocupações de que a China está caindo em direção à deflação.
Mas alguns economistas veem paralelos alarmantes entre a situação atual da China e a experiência do Japão, que lutou por anos com deflação e crescimento estagnado. Fonte: Dow Jones Newswires.