A Suzano registrou prejuízo líquido no segundo trimestre de 2024 de R$ 3,766 bilhões, uma inversão ante o resultado positivo de R$ 5,078 bilhões do mesmo período de 2023, informou a companhia em seu balanço divulgado há pouco. Também houve inversão de desempenho no resultado trimestral, visto que no intervalo de janeiro a março a companhia apurou R$ 220 milhões de lucro.
De acordo com a Suzano, a variação negativa no intervalo trimestral foi decorrente do impacto do resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao menor resultado negativo observado no trimestre anterior).
"Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo melhor resultado operacional", afirmou a Suzano, citando o aumento da receita líquida e resultado da reavaliação do ativo biológico como fatores que contribuíram para reduzir o impacto negativo.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Suzano atingiu R$ 6,288 bilhões, número 60% maior na comparação anual e 38% superior no trimestre. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 11,494 bilhões, avanço de 25% ante um ano e impulso de 22% sequencialmente.
Ainda segundo a Suzano, o aumento no Ebitda é explicado pelo maior preço líquido da celulose em dólar (+12%), em conjunto com a valorização do divisa americana sobre o real (+5%) além do maior volume vendido de celulose e papel (+6%).
"O mercado de celulose teve novo desempenho favorável durante o segundo trimestre, que se refletiu em implementações adicionais de aumentos de preço e no crescimento no volume de vendas, a despeito de um cenário desafiador que se configurou na China", afirmou a Suzano, no release do extrato financeiro.
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