Economia

Sergio Leite, da Usiminas, assume presidência do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil

Estadão Conteúdo
05/08/2024 às 19:23.
Atualizado em 05/08/2024 às 19:28

O presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, anunciou a sua saída do cargo durante a abertura da 34º edição do Congresso Aço Brasil, realizada nesta segunda-feira, 05. O atual presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, assume como novo representante do setor junto ao presidente-executivo, Marco Polo de Mello Lopes.

Sergio Leite atuava como vice-presidente do Instituto Aço Brasil e foi presidente-executivo da Usiminas, com sólida atuação no setor. Após anunciar a transição na abertura do evento, Jefferson De Paula, disse que o setor siderúrgico tem avançado em temas da agenda ESG, sobretudo questões relacionadas a melhorias do processo de governança, desenvolvimento social e redução dos impactos ambientais.

A passagem de bastão faz parte do rito do instituto, que renova sua presidência do Conselho Diretor a cada dois anos.

Associadas programaram R$ 16,7 bilhões em investimentos para 2024

Na mesma ocasião, De Paula afirmou que as empresas associadas da entidade programaram R$ 16,7 bilhões em investimentos para o ano de 2024. Até 2028, o executivo acrescentou que prevê mais de R$ 100 bilhões em investimentos.

De acordo com o dirigente, a siderurgia brasileira tem um parque altamente atualizado em nível mundial e possui capacidade de produção de até 50 milhões de toneladas, mas, em contraponto ao quadro competitivo, o consumo nacional no Brasil está estagnado a 100 kg por habitante há muitos anos. O executivo defendeu o aumento de investimentos em infraestrutura, aumento de obras na construção civil e avanços no setor de energia, além de outros setores, com foco em fortalecer a cadeia do aço.

O executivo afirma que o setor defende uma concorrência justa, mas o Brasil tem sido ameaçado por importações desleais, com a entrada de produtos refletindo práticas de preços abaixo do custo de produção, o que configura dumping.

"A China continuará a buscar mercados abertos para enviar sua sobrecapacidade", afirmou De Paula, defendendo a atualização constante dos mecanismos de defesa comercial.

De Paula defendeu que o governo continuará trabalhando para reduzir o déficit fiscal e que o setor tenha mais acesso ao gás natural e maior oferta de sucata.

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