O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que uma potência nuclear apoiando o ataque de outro país à Rússia será considerada participante da agressão sob uma nova versão da doutrina nuclear de Moscou.
Falando durante a reunião de quarta-feira, 25, do Conselho de Segurança da Rússia, Putin anunciou que uma versão revisada do documento diz que um ataque contra a Rússia por uma potência não nuclear com apoio de uma potência nuclear será visto como um "ataque conjunto à Federação Russa". Putin não especificou se a Rússia poderia responder a tal ataque com armas nucleares.
As regras atuais dizem que Moscou poderia usar seu arsenal nuclear "em resposta ao uso de armas nucleares e outros tipos de armas de destruição em massa contra ela e/ou seus aliados, bem como no caso de agressão contra a Federação Russa com o uso de armas convencionais quando a própria existência do estado estiver em risco".
Já a versão revisada do documento detalha as condições do uso de armas nucleares, observando que elas poderiam ser usadas em caso de um ataque aéreo massivo envolvendo aeronaves, mísseis de cruzeiro ou drones, disse ele.
A mudança segue o aviso de Putin aos Estados Unidos e outros aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de que permitir que a Ucrânia use armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente para ataques à Rússia significaria que a Rússia e a OTAN estão em guerra.