Nesta sexta, 31, o Procon de São Paulo notificou a Ticketmaster após um ataque hacker para saber se o suposto vazamento de dados de 560 milhões de clientes da empresa afetou cadastros dos brasileiros.
Desde quinta, 30, o governo australiano detectou que um grupo de hackers teve acesso a dados pessoais dos clientes. O grupo teria pedido 500 mil dólares australianos (R$ 2,6 milhões) para não vender as informações para terceiros. A matriz norte-americana também investiga se americanos foram afetados.
No Brasil, o órgão de defesa do consumidor também questionou a empresa sobre a política de tratamento de dados e qual estratégia é adotada nessas situações. A instituição tem 48 horas para responder.
O Estadão entrou em contato com a empresa e aguarda retorno. A empresa é responsável pela venda de eventos de grande porte no Brasil, como o Rock in Rio.
O grupo hacker ShinyHunters ganhou fama entre 2020 e 2021 ao oferecer dados de clientes de mais de 60 empresas, de acordo com o Departamento de Justiça americano. Em setembro de 2023, mais de 200 mil cadastros de consumidores da Pizza Hut na Austrália tiveram dados vazados. Em janeiro deste ano, um membro francês do grupo foi condenado a três anos de prisão em Seattle, nos Estados Unidos.