Os clubes da Premier League votaram a favor de um teto de gastos para a temporada 2025/26. O limite será determinado pelo montante recebido em direitos de televisão pelo clube de menor renda do Campeonato Inglês. A mudança pode movimentar os preços do mercado mundial no futebol.
A nova regra estabelece o teto como o valor da receita de TV do clube que menos recebe multiplicado por cinco. O limite será o valor disponível para cada equipe gastar com o elenco. Apenas Aston Villa, Manchester United e Manchester City votaram contra. O Chelsea se absteve.
O objetivo é acirrar a competitividade do Campeonato Inglês. Os clubes contrários ao teto argumentam que a liga pode perder espaço no mercado para outros países, que se tornariam financeiramente mais atrativos aos atletas. A medida também encontra oposição no sindicato dos jogadores, a Associação de Futebolistas Profissionais. Segundo a entidade, isso seria um "limite rígido" aos salários.
Por outro lado, os clubes da Premier League já concordaram em seguir os novos regulamentos de 'fair play financeiro' da Uefa a partir de 2025/26, limitando os gastos a 85% das suas receitas totais em salários, pagamentos de transferências e honorários de agentes.
Considerando a última temporada finalizada da Premier League (2022/23), o Southampton ficou na lanterna e foi o que menos recebeu por direitos de transmissão, com 104 milhões de libras (R$ 667,2 milhões). Se a regra do teto fosse aplicada, o limite de gastos de cada clube com seu elenco seria 520 milhões de libras (R$ 3,3 bilhões).
Em junho, as equipes da Premier League vão se reunir novamente para votar de modo definitiva a regra. Se for aprovada, a janela deste verão europeu será a última sem o teto de gastos na Inglaterra.
Por enquanto, em campo, o Arsenal lidera o campeonato, com 80 pontos, seguido pelo City, com 79. Correndo por fora, mas ainda com chances de título, o Liverpool é o terceiro, com 75.