Uma policial civil de 48 anos foi exonerada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no último dia 27, após condenação por "bater carteiras" dentro da delegacia em que trabalhava, em Piracicaba, no interior paulista.
Ela respondeu por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito e foi condenada à perda do cargo público em outubro de 2022. A demissão foi publicada na última quarta-feira, no Diário Oficial de São Paulo, após a sentença transitar em julgado.
A policial trabalhava como carcereira na Unidade de Policia Judiciária Agrupada de Piracicaba, onde também era responsável por elaborar boletins de ocorrência.
De acordo com a sentença, assinada pelo juiz Maurício Habice, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Piracicaba do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), enquanto lavrava os boletins, ela pedia à pessoa que fosse até uma outra sala, deixando seus pertences pessoais sobre uma mesa. Ela então tirava dinheiro de dentro das carteiras e escondia na CPU de seu computador.
A partir de denúncias das vítimas do golpe, a Corregedoria da Polícia levantou os nomes de todas as pessoas atendidas pela policial naquele período e encontrou mais duas vítimas. O dinheiro foi localizado no computador da acusada.
A policial foi condenada em abril de 2022 por crime de peculato a dois anos e quatro meses de reclusão, mas acabou cumprindo a pena em liberdade. Na condenação por improbidade administrativa, o juiz determinou a exoneração da função pública, além do pagamento de multa de R$ 7,1 mil. A reportagem não conseguiu contato com a policial.