Política

PF faz buscas na prefeitura de Macapá contra esquema de compra de votos a R$ 10

Estadão Conteúdo
29/07/2022 às 15:59.
Atualizado em 29/07/2022 às 16:06

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Amapá deflagraram na manhã desta sexta-feira, 28, uma Operação batizada e-Hailing, para apurar suposta compra de votos e transporte de eleitores durante o pleito de 2020. Entre os principais alvos da ofensiva está o prefeito de Macapá, dr Furlan.

A sede do Executivo municipal foi vasculhada pelos investigadores. A ofensiva apura supostos crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral e transporte ilegal de eleitores.

Ao todo, os agentes cumpriram onze mandados de busca e apreensão em residências dos investigados nos bairros Universidade, Beirol, Muca, Buritizal, Jardim Felicidade e Cabralzinho. As ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral no Amapá.

Após as diligências, dr Furlan fez uma transmissão ao vivo na qual aponta suposta tentativa de 'macular sua imagem' e liga a operação ao lançamento da pré-candidatura de Rayssa Furlan (MDB) ao Senado. Em determinado momento do vídeo, o prefeito diz que 'foi surpreendido com articulação arquitetada' pelo senador Davi Alcolumbre.

De acordo com a PF, a investigação teve início no primeiro turno das eleições municipais de 2020, quando policiais federais abordaram um homem de 38 anos, no dia do pleito, em situação suspeita de compra de votos. Na ocasião, os agentes encontraram, no veículo do investigado, R$ 1.200,00 em espécie, além de "santinhos" de candidato à prefeito, informou a corporação.

Em sua live após a abertura da operação, Dr. Furlan narrou que um de seus apoiadores foi pego em operação da Polícia Federal, uma 'pessoa que tem relação com a família'. Segundo o prefeito, 'foi tentado criar uma situação' ligando seu irmão, promotor de Justiça e posteriormente aberto uma investigação no âmbito da Procuradoria-geral de Justiça do Estado. Segundo o prefeito, a apuração foi arquivada.

A corporação diz que, com o avanço das apurações, foram identificados 'fortes indícios que o indivíduo atuava diretamente em campanha a favor de candidato, articulando a logística de compra de votos, tanto com dinheiro, quanto em cestas básicas'.

Os investigadores apontam ainda indícios de que um outro investigado, servidor público, 'era o responsável financeiro e ordenava a forma como seria realizado o acerto de abastecimento com os motoristas para o transporte e a compra de votos'.

"Foi verificado que os investigados que organizavam o transporte ilegal de eleitores, possuíam um grupo em aplicativo de mensagens, que informavam a localização da fiscalização da PF nos bairros, no dia das eleições", informou a corporação em nota.

De acordo com a Polícia Federal, os votos eram comprados por R$ 10,00 a R$ 30,00. Os investigadores dizem que há indícios de que um dos operadores do esquema levava os eleitores até as seções, para pressioná-los a votar no candidato.

De acordo com a PF, o nome da ofensiva, e-Hailing, faz referência ao 'ato de requisitar um "táxi" através de um dispositivo eletrônico, permitindo a busca por motoristas baseada na localização, em referência à utilização pelos investigados de serviços dessa natureza para o transporte de eleitores'.

COM A PALAVRA, DR FURLAN

A operação realizada na manhã desta sexta-feira, 29, de ordem do juiz eleitoral Orlando Souto, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, tem claramente a motivação maior em impactar e macular negativamente a imagem do prefeito de Macapá, Dr Furlan.

A investigação não é direcionada à administração municipal e tem única e exclusivamente cunho eleitoreiro, na tentativa de intimidar a crescente força política representada pelo prefeito da capital.

Dr Furlan nunca foi alvo de investigações policiais.

A altíssima aprovação pública do Dr Furlan, atrelada à ótima gestão que vem realizando e transformando a capital do Estado incomoda adversários políticos que tentam, a todo custo, frear o desenvolvimento da cidade e melhoria da qualidade de vida do nosso povo.

A oposição política que deseja perpetuar-se no poder, não mede esforços, tampouco seus tentáculos influentes, para tentar paralisar quem trabalha para transformar Macapá.

Uma operação eleitoreira logo após o anúncio da candidatura de Rayssa Furlan ao Senado Federal deixa claro a motivação em desqualificar a imagem e o trabalho da atual gestão, e desequilibrar covardemente o pleito eleitoral de 2022.

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