Internacional

Pentágono afirma que caça da China fez manobra arriscada próximo à avião espião americano

Estadão Conteúdo
30/05/2023 às 21:07.
Atualizado em 30/05/2023 às 21:10

Um caça a jato da China voou a menos de 120 metros do nariz de uma aeronave de reconhecimento dos Estados Unidos na semana passada, informaram militares americanos nesta terça-feira, no que descreveram como uma "manobra desnecessariamente agressiva".

O incidente de 26 de maio criou uma turbulência para a aeronave dos EUA, que estava conduzindo "operações seguras e de rotina no Mar da China Meridional no espaço aéreo internacional", disse o Pentágono. Os EUA não informaram onde exatamente seu RC-135, uma grande aeronave de reconhecimento de pesquisa, estava voando no momento do encontro.

O incidente foi um dos confrontos mais agressivos entre setores militares de ambos os países neste ano e ocorre em meio a crescentes preocupações do Pentágono sobre o que descreveu como "um aumento alarmante no número de interceptações aéreas arriscadas e confrontos no mar pelo Exército de Libertação do Povo aeronaves e embarcações".

Isso ocorre apenas alguns dias depois que o governo chinês recusou um pedido dos EUA para uma reunião entre seus principais chefes de defesa durante uma conferência de segurança em Cingapura, no final desta semana. Uma das razões pelas quais as autoridades americanas disseram que procuraram a reunião foi para evitar conflitos quando os militares dos EUA e da China estiverem operando na região. Autoridades de defesa dos EUA afirmaram levar quatro dias para desclassificar o incidente para divulgação pública.

Os EUA planejam emitir um protesto diplomático conhecido como démarche sobre o incidente, disseram as autoridades.

O porta-voz da embaixada da China em Washington, Liu Pengyu, se recusou a comentar sobre o incidente específico, mas afirmou que os navios e aeronaves de reconhecimento dos EUA representam uma ameaça à segurança nacional da China.

"Pedimos aos EUA que parem com tais provocações perigosas e parem de desviar a culpa para a China. Continuaremos a tomar as medidas necessárias para defender nossa soberania e segurança, e trabalhar com os países da região para salvaguardar firmemente a paz e a estabilidade no Mar da China Meridional", disse Liu, em comunicado.

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