Em ato inédito, mais de 60 parlamentares do Brasil e dos Estados Unidos lançaram um manifesto contra ações autoritárias e antidemocráticas da extrema-direita para "reverter resultados eleitorais legítimos e derrubar nossas democracias". A declaração destaca os ataques contra os prédios dos três poderes em Brasília, no último domingo, 8, e contra o Capitólio americano, em 6 de janeiro de 2021.
Além disso, o manifesto aponta as conexões entre políticos e figuras influentes da extrema-direita americana e seus aliados brasileiros - por exemplo, os ex-assessores do presidente Donald Trump, Jason Miller e Steve Bannon, que encorajaram Bolsonaro a contestar os resultados das eleições no Brasil.
Os parlamentares pedem a responsabilização de todos os envolvidos nos movimentos antidemocráticos e ressaltam a necessidade de unir ambos os países nesse processo. Entre os representantes que assinaram o documento, se destacam: Alexandria Ocasio-Cortez e Bernie Sanders, dos Estados Unidos; Érika Hilton (PSOL-SP), Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), do Brasil.
"Assim como os extremistas de extrema-direita estão coordenado seus esforços para minar a democracia, devemos permanecer unidos em nossos esforços para protegê-la. Instamos todos os representantes eleitos de nossos dois países, independentemente do partido político, a se unirem ao nosso chamado", defende o manifesto.
A instituição Washington Brazil Office (WBO) foi responsável pelas articulações entre os parlamentares brasileiros e americanos e pela publicação do manifesto.