O aumento da produção na indústria extrativa ao longo de 2023 foi o que garantiu o desempenho positivo do setor no ano passado, quando avançou 0,2% no acumulado dos 12 meses. A afirmação é de André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O setor extrativo foi o que garantiu a indústria no campo positivo em 2023. Foi a principal influência positiva entre as 25 atividades pesquisadas, sobretudo em função da maior produção de minério de ferro e de petróleo", diz Macedo.
Segundo o levantamento do IBGE, as indústrias extrativas acumularam alta de 7,0% na produção nos 12 meses até dezembro. Naquele mês especificamente, houve alta de 2,2% para a atividade na comparação com novembro. Com isso, a indústria extrativa alcançou patamar 13,1% acima do pré-pandemia, em fevereiro de 2020.
Em seguida, disse Macedo, vem a indústria de transformação, atividade que só não registrou queda na produção em função dos incrementos na produção de derivados de petróleo e biocombustíveis, que avançou 6,1% no ano mas recuaram 2,6% em dezembro ante novembro, e itens alimentícios, cuja fabricação avançou 3,7% nos 12 meses analisados e 2,1% na margem.
Segundo Macedo, no primeiro grupo se destacaram as produções de álcool, gasolina automotiva e óleo diesel, enquanto nos alimentos os destaques do ano foram as carnes suína e bovina, o açúcar do tipo VHP e Cristal, e as carnes de aves congeladas
Do lado negativo para o conjunto do ano, Macedo apontou o recuo nas produções de equipamentos de informática e produtos eletrônicos (-11%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos, como geradores (10,1%); máquinas e equipamentos, sobretudo para fins industriais, de construção e agrícolas (-7,2%); veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,1%); além de produtos químicos, principalmente herbicidas, fungicidas e inseticidas (-5,9%).