Os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) divulgaram um comunicado em que condenam veementemente as decisões dos líderes da Federação Russa e da República Popular Democrática da Coreia de expandir perigosamente a guerra de Moscou contra a Ucrânia.
"Além do apoio substancial da Coreia ao esforço de guerra da Rússia, por meio do fornecimento de milhões de cartuchos de munição e mísseis balísticos, os milhares de soldados mobilizados pela Coreia constituem uma expansão perigosa de seu apoio contínuo à guerra ilegal de agressão da Rússia contra a Ucrânia", ressaltou o comunicado divulgado pela OTAN.
A mensagem da OTAN, formada por 32 países, foi endossada pela Austrália, Japão, Nova Zelândia, República da Coreia e Ucrânia, que não fazem parte da aliança, mas se associaram ao grupo para formalizar a declaração.
"Aumentar a cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte é uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU", enfatizou o comunicado.
"Apelamos à Rússia para retornar ao cumprimento dessas resoluções e manter suas obrigações internacionais", exortaram os países.
Para as nações signatárias do comunicado, a declaração da Rússia, divulgada em 26 de setembro, afirmando que a desnuclearização da Coreia do Norte está "fora da mesa" é inaceitável, pois enfraquece o regime global de não proliferação, contradiz diretamente resoluções relevantes do CS da ONU e exacerba ainda mais as tensões regionais, dizem os países. Para os países que endossaram o comunicado, a declaração russa faz parte de seu esforço mais amplo para enfraquecer o regime global de não proliferação e desmantelar as sanções da ONU.
"Instamos todos os países a não fornecerem qualquer tipo de assistência à agressão da Rússia e condenamos todos aqueles que estão facilitando e, assim, prolongando a guerra ilegal da Rússia contra a Ucrânia", ressaltaram as nações, citando que a OTAN continuará a trabalhar com seus parceiros para promover a paz e a estabilidade.
"Os aliados estão determinados a apoiar a Ucrânia na construção de uma força capaz de derrotar a agressão russa, em linha com a promessa de assistência de segurança de longo prazo para a Ucrânia", diz a mensagem.