Após a premiação no gramado do Maracanã, pelo inédito título do Fluminense pela Copa Libertadores, o capitão Nino preferiu se isolar por alguns momentos. Exausto, encostou numa trave e respirou aliviado, envolto com a bandeira do estado de Pernambuco, onde nasceu, sem esconder a satisfação por este dia histórico.
"A gente sabia que esta vontade da torcida a gente devia trazer ao nosso favor nesta decisão. Mas sem ter o peso de ser campeão. Acho que a gente jogou bem, não teve ansiedade e não se abalou com o que aconteceu dentro de campo, como o gol deles e depois a expulsão (John Kennedy). Na minha vida eu sempre dividi em Deus e hoje não seria diferente, porque foi uma conquista de muita fé".
Capitão do time campeão, ele reconheceu a importância de alguma jogadores experientes como Felipe Melo e Marcelo. "Eles sempre me ajudaram a comandar o grupo, deixando tudo fácil", afirmou Nino.
Sobre o seu futuro, muito cotado em clubes europeus, o zagueiro se manteve tranquilo. "Ainda está indefinido. É claro que eu sempre tive o sonho de jogar na Europa, mas é preciso ter calma. Eu tenho muito orgulho de vestir esta camisa".
Campeão aos 43 anos, o goleiro Fábio exorcizou a perda do título de 2009, quando atuava pelo Cruzeiro e perdeu para o Estudiantes, da Argentina, que detém 25 títulos, contra 23 do Brasil.
"Deus sempre esteve no controle e nunca deixou de estar. Mesmo na minha saída do Cruzeiro, que a gente não entende. Mas minha chegada no Fluminense foi maravilhosa, com a porta aberta. Completar 100 jogos pela Libertadores, com 43 anos, é algo para agradecer. Quero agradecer todo mundo, porque nada se consegue sozinho".
A sala de troféus do Fluminense agora está quase completa. Era um título que faltava ao clube em seus 121 anos de vida (fundado em 21 de junho de 1902), antes quatro vezes campeão brasileiro (1970/1984/2010 e 2012) e uma da Copa do Brasil (2007), além de 33 títulos estaduais pelo Rio de Janeiro. Pela primeira vez o clube vai disputar o Mundial de Clubes, na Arábia Saudita, entre 12 e 22 de dezembro.