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Mostra imersiva da Capela Sistina de Michelangelo arrebata os sentidos

Estadão Conteúdo
27/01/2023 às 08:10.
Atualizado em 27/01/2023 às 08:19

Viajar a Roma e visitar a Capela Sistina ultrapassa a questão religiosa. O espaço sagrado localizado no Vaticano tem em suas paredes, teto e janelas, a arte secular do mestre renascentista Michelangelo (1475-1564). Trata-se de um momento de encantamento, pois estão ali pinturas que são obras-primas do artista italiano, feitas nos anos 1500. E agora essas imagens poderão ser vistas, por meio de alta tecnologia, na exposição imersiva Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina, que está em cartaz no MIS Experience, em São Paulo, e tem curadoria do professor e historiador Luiz Cesar Marques Filho.

A mostra, que poderá ser visitada até 30 de abril, possibilita a interação do público com as obras, de modo a se sentir dentro delas. Em espaço de mil metros quadrados, a exposição está dividida em 14 salas. Nesse trajeto, o visitante passa pela sala de imersão com projeções gigantes no teto e nas paredes, espaços dedicados à arquitetura, à história e às curiosidades da Capela Sistina. Há também uma ala que destaca o local do conclave, reunião do colégio dos cardeais para escolher um novo papa, e ainda uma réplica da chave da Capela Sistina, vinda diretamente do Vaticano.

Visitação

O tempo estimado de visitação gira em torno de 45 minutos, a depender, claro, de cada pessoa. Segundo Felipe Pinheiro, produtor executivo da exposição do MIS Experience, há um roteiro a ser seguido pelos visitantes. "Começa pelo ateliê, passando pelas cartas, maquetes, a criação de Adão e Eva, depois há a seção dos afrescos e se chega ao coração da mostra que é a projeção da Capela Sistina quase em tamanho real", afirma.

Na parte final do trajeto, o público vai percorrer "as salas do Juízo Final e chegará ao gran finale onde está a réplica da escultura do Davi de Michelangelo", destaca Felipe. A intenção da mostra, como afirma o produtor, é fazer com que o visitante se sinta realmente dentro da Capela Sistina. "Como a estrutura é muito próxima do tamanho original, com toda certeza os visitantes vão se sentir dentro da capela mais famosa do mundo", garante Felipe.

Estrutura

Em alta no momento atual, as mostras imersivas chegaram para ficar, mesmo não agradando a todos os públicos. Com relação a essa modalidade de apresentar obras de arte, Felipe explica como ela é significativa. "O formato da exposição é importante por unir os dois tipos de imersão: a física, que é aquela parte cenográfica em que as pessoas vão se sentir dentro do ateliê e visualizar as cartas da época de Michelangelo, ver as esculturas, entender a maquete e apreciar os figurinos, como funciona o conclave; e a da projeção, ou seja, teremos o melhor dos dois mundos."

A mostra Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina conta com recursos de alta tecnologia, de animação e sonorização, que vão mexer com os sentidos e colocar o público dentro da obra. A reprodução gigante do teto da Capela Sistina, com estrutura criada exclusivamente para a exposição, será uma experiência inédita de imersão no ambiente. "Estudamos por muito tempo e desenvolvemos uma tecnologia própria para que pudéssemos fazer essa imersão", explica Felipe. Ele avisa, ainda que há "uma ambientação sonora na exposição".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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