O ex-ministro Henrique Meirelles (PSD) deixou nesta sexta-feira, 1, a Secretaria da Fazenda de São Paulo, e anunciou que desistiu de disputar o Senado em Goiás e abriu caminho para ser candidato a vice na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes.
Pela articulação em curso, Meirelles pode deixar o PSD e migrar para o MDB, partido que fechou com Rodrigo Garcia e tem a prerrogativa de indicar o vice. Mas a inesperada mudança de planos de José Luiz Datena, que deixou o União Brasil para concorrer ao Senado pelo PSC na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou em aberto por ora o futuro político do ex-ministro da Fazenda.
O prazo para Meirelles definir seu futuro político termina hoje à meia-noite e as conversas nos bastidores são intensas.
Garcia disse aos aliados que sua preferência seria ter uma vice mulher, caso não vinguem as conversas com o ex-secretário da Fazenda. No MDB, o prefeito Ricardo Nunes indicou a secretaria de Cultura, Aline Torres, que é militante negra e feminista.
O governador, no entanto, tem preferência por Meirelles, considerado por ele um quadro "técnico" confiável e gabaritado. Como não pode disputar a reeleição, Rodrigo Garcia, caso vença, deve passar o cargo para seu vice por pelo menos 8 meses em 2026 para disputar outro mandato.
Se permanecer no PSD, Meirelles pode fazer a ponte com Gilberto Kassab, presidente do partido, que lançou na disputa pelo governo o prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth. Com a vaga do Senado aberta, Ramuth poderia ser a opção.