Com o calor de mais de 30°C à tarde, e a umidade relativa do ar na casa dos 50% em São Paulo, muitos foliões que tentavam aproveitar ontem o Bloco da Pabllo, no Parque do Ibirapuera, passaram mal e precisaram de auxílio médico. Pelo segundo ano, o cortejo terminou antes do horário.
Em nota, a cantora afirmou que "tomou a decisão de pausar o trio, após avistar algumas pessoas passando mal e cedeu a corda para facilitar o trabalho do Corpo de Bombeiros". No posto médico, a informação era de que ao menos 2 mil pessoas haviam recebido atendimento, mas o número não foi oficialmente confirmado.
Alguns foliões foram socorridos de maca. "Muitas pessoas passaram mal, inclusive minha amiga. Sentiu muita falta de ar com a aglomeração", disse o estudante Matheus Miyamoto, de 16 anos.
Empresas patrocinadoras do carnaval organizaram a distribuição de chapéus e leques para amenizar o calor. A Sabesp também criou um espaço para oferecer água potável. Para tentar aproveitar a festa com mais tranquilidade, muitos foram ao bloco com roupas mais leves e até itens de banho, como sunga, maiô e biquíni. Mas não foi suficiente.
Perto das 16 horas, a apresentação foi interrompida. Minutos depois, foi retomada. Só que antes das 17h30 foi definitivamente encerrada. A previsão era de ir até 19 horas. Em 2023, a apresentação terminou uma hora mais cedo por segurança e superlotação.
Pabllo chegou ao bloco às 12h40 e seu show, previsto para 13h, começou às 14h30. Houve ainda o encontro com o cortejo de Michel Teló, resultando em grande aglomeração no parque. O engenheiro Brendo Santos, de 24 anos, estava feliz com a agitação, mas também se queixou. "Estou gostando muito, mas atrasou para começar. Muito quente também."
"Preferi ficar um pouco mais afastada do trio. Logo que iniciou, muitas pessoas começaram a se aglomerar. Era impossível chegar perto. Aí, fiquei um pouco mais atrás para curtir de forma tranquila", afirmou a assistente de RH Tamires Fernandes, de 37 anos.
Delírio
Apesar do atraso da cantora e da interrupção do show, os foliões foram ao delírio quando Pabllo cantou a música K.O. Vibração semelhante ocorreu com Amor de Que. "É a primeira vez que venho curtir o bloco da Pabllo. Sou de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e vim. Eu amo a Pabllo", dizia a publicitária Leda Leocadio, de 27 anos.
Amigo de Leda e frequentador de blocos em São Paulo, o jornalista Rafael Alves, de 35 anos, destacou que a cantora é uma referência para a comunidade LGBT+. "Já vim em blocos de rua dela mesmo antes da pandemia. É sempre um dos mais esperados. Ela quebrou muitas barreiras."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.