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Líder do MST encontra Papa Francisco e pede bênção para bandeira do movimento

Estadão Conteúdo
19/05/2024 às 11:48.
Atualizado em 19/05/2024 às 11:57

O Papa Francisco abençoou a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste sábado, 18, em Verona, na Itália. A bênção foi a pedido de João Pedro Stédile, líder do movimento, que estava no local para participar do evento "Arena da Paz", com integrantes de movimentos populares. A conferência teve participação do pontífice e contou com um público de mais de 12 mil espectadores.

O momento foi registrado em vídeo pelo portal Vatican News, o meio de comunicação oficial da Santa Sé. Stédile mostra a bandeira do MST ao papa, que coloca a mão sobre o objeto, e também fala sobre a situação do Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática da sua história.

O líder do MST também discursou no evento com o papa. "Trago um abraço forte de todos os sem-terra do Brasil", disse Stedile. Ele finalizou a fala com um poema do bispo Dom Pedro Casaldáliga: "Malditas sejam todas as cercas; malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e amar".

Papa agradeceu ao MST por distribuição de alimentos na pandemia

Em 2020, o Papa Francisco agradeceu formalmente ao movimento social pela distribuição de alimentos durante a pandemia de covid-19.

Em carta endereçada a Stédile, Francisco afirmou que "compartilhar os produtos da terra para ajudar as famílias carentes" era um "sinal do Reino de Deus, que gera solidariedade e comunhão fraterna". O religioso disse que esperava que o gesto "se multiplicasse e encorajasse outras pessoas e grupos a fazerem o mesmo".

Stédile admitiu em CPI erro por invasão em terra da Embrapa

No ano passado, ao prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou as invasões do MST, João Pedro Stédile admitiu que invadir uma fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina (PE) "foi um erro".

"Cada acampamento tem autonomia do que faz. Concordo, às vezes eles exageram e erram, mas eles têm o direito de decidir", justificou o líder do movimento. A CPI do MST finalizou seus trabalhos sem a apresentação de um relatório final.

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